Cirque du Soleil

 
O maior espetáculo itinerante da terra.
 
Já assisti ao Circo da China algumas vezes, que também tem grandes artistas e números empolgantes, mas a diferença é gritante, no Circo chinês a tensão está no ar, a rigidez é militar, enquanto que no Soleil tudo parece extremamente leve e divertido. Reúnem teatro, música, dança e a arte circense, com a nata em acrobacias, malabarismo e contorcionismo.
 
Já estiveram no Brasil os espetáculos Saltimbanco, Alegria, Quindam e agora Varekai. Achei este palco o menos elaborado até agora, além de deixar os músicos muito escondidos e em apenas algumas ocasiões víamos um violinista ou um guitarrista tocando, o que para mim, apaixonado que sou pela música, é uma grande perda. A banda, como sempre, excelente, executando um rock progressivo de primeira, fundindo solos estonteantes de violino, guitarra e teclado, sempre acompanhados de uma bateria forte e marcante. Destaque também para uma vocalista que, essa sim, ficava bastante visível, atingindo agudos incríveis e um vocalista que cantava pra caramba, num estilo meio árabe. Para mim, os músicos sempre tiveram grande importância, dividindo as atenções com os artistas de palco - dessa vez não aconteceu.
 
O Saltimbanco foi o que mais me empolgou até hoje, talvez por ter sido o primeiro que vi, onde tudo é novo e surpreendente, mas não estou aqui para julgar qual é melhor, o que posso dizer é que todos foram grandes espetáculos. Todos valeram muito a pena. A fórmula é a mesma, existe um tema central e encaixam-se nele números de palhaçada pura com o único objetivo de fazer rir, contrapondo apresentações de talento absurdo, de tirar o fôlego - raramente erram, e quando acontece, são ainda mais aplaudidos pelo público, pois a tentativa era de algo inimaginável por mortais comuns.
 
 
No encerramento, não aguentei e tirei uma foto com meu celular. Todos os artistas estão de costas para nós, reverenciando os músicos que estavam se encaminhando para o centro do tablado. Atrás de mim tinham apenas mais 4 filas e dá para perceber que mesmo assim, tinha uma boa visão do palco.
 
Para quem não conhece, o Circo do Sol é uma companhia canadense com base em Montreal, têm 11 espetáculos itinerantes e 14 fixos, maioria em Las Vegas e Nova Iorque. Montam uma tenda de circo com aproximadamente 2500 lugares, mesmo na última fila, tem-se uma visão boa do palco, é claro que existem lugares laterais que acabam sendo um pouco prejudicados pelo ângulo ou por alguma coluna metálica na frente, mas no geral tem-se uma boa visão do palco. Mantém um rígido controle sobre fotos, basta alguém apontar um celular em alguma direção que aparece um olheiro correndo, advertindo que é proibido fotografar, mesmo antes do show ou durante o intervalo. Acho um exagero, mas o fato é que os números mais legais são tão intensos que você até esquece de querer fotografar.
 
Venda as jóias da família, se necessário, mas assista e tenha uma experiência única.
 
Ricardo Koetz
 
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