Accept

Já tomou 220V na veia? Deve ser assim. - Carioca Club 15/05/2011
 
Depois do coice de mula que foi o show do Udo Dirkschneider, fui conferir como a sua ex-banda está se virando sem tê-lo como vocalista. E a conclusão foi MUITO BEM!
 
Com pelo menos o dobro do público de U.D.O., o Carioca Club estava entupido de gente como eu nunca vi antes. Para se ter uma idéia, o simples ato de levantar os braços e depois abaixá-los após aplausos, requeriam movimentos lentos e cuidadosos.
 
 
Muitas bandas que perdem seus vocalistas, acabam perdendo a identidade com o seu público, mas esse não foi o caso do Accept. Andaram meio perdidos por alguns anos, encerraram atividades, retornaram, e finalmente em 2009 acertaram a mão com o novo vocalista Mark Tornillo, com quem gravaram um novo e bem sucedido álbum Blood of the Nations. Como sua voz está num meio termo entre o Udo e o Lemmy (Motörhead), agradou os fãs em cheio.
 
 
Acima Wolf, carismático, talentoso e simpaticíssimo. A piada que rolava era "Pô, eu não sabia que Bruce Willis tocava guitarra". Bem, realmente a semelhança com o ator americano é grande, mas, para quem não sabe, Bruce já gravou um CD de blues, pela Motown (!!!), muito bom - tenho uma fita dele perdida em algum lugar -, onde canta como um blueseiro nato e toca gaita. É muito legal, quem quiser tirar a dúvida, tem o link abaixo, que vale a pena:
Tem até esse em que toca ao lado de B.B.King e Billy Preston, mas não canta:
 
Bom, mas voltando ao foco, a formação atual conta com Wolf Hoffmann na guitarra solo, Peter Baltes no baixo, Herman Frank na guitarra rítmica, Stefan Schwarzmann na bateria e Mark Tornillo nos vocais. Apesar disso, o Accept desembarcou no Brasil como um quarteto, Herman Frank sofreu uma queda do palco no dia 06, no show que faziam em San Antonio no Texas. Fraturou 4 costelas e perfurou um pulmão, mas terminou aquele show heroicamente e só foi hospitalizado depois. Dizer que a base não fez falta é mentira, mas não chegou a comprometer a qualidade do show, muito menos o entusiasmo dos presentes.
 
 
 
O show começou com 38 minutos de atraso, entraram no palco fazendo cara de maus, para serem compatíveis com o som, mas ao verem a explosão do público, se rasgaram em sorrisos e foi assim praticamente até o fim. O uníssono que os acompanhava mais parecia um exército vociferando frases de efeito durante um treinamento, em outros momentos cantarolavam melodias épicas à plenos pulmões. Tocaram algumas de seu novo álbum, mas não faltaram os clássicos Love Child, Breaker, Restless and Wild, Metal Heart, Princess of the Dawn, Up to the Limit... Fast as a Shark e Balls to the Wall que fechou o bis, 1h45min depois do início. Senti falta de London Leader Boys, tanto neste show quanto no do Udo.
 
 
 
Peter Baltes e Wolf Hoffman num divertido duelo de guitarra x baixo, aliás, é a primeira vez que vejo algo assim. Baltes mandou superbem, em alguns momentos praticamente espancava o seu instrumento, chegando a lembrar aquele famoso solo de baixo do Manowar. Um show onde a troca de energia era enorme.
 
Atenção, o Ministério da Saúde adverte: não recomendado a ouvidos despreparados.
 

Vídeo do YouTube

 
Hahaha! Esse é o novo sucesso Teutonic Terror, com que abriram o show. O palco é enorme, um monte de gente, bem filmado, mas o brado da "galerinha" do Carioca Club dá de 10 x 0 e colocaria esse público mosca-morta pra correr. É por isso que os caras vêm de fora e se encantam.
 
Stay heavy!!!
 
Ricardo
 
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