27/11/2016 - Carioca Club
A primeira vez que vi Adrian foi no show que David
Bowie fez em 23/09/1990, no Palmeiras. Era a turnê Sound & Vision que veio
só com o sound. Adrian, que em outra época havia trabalhado e excursionado com Frank
Zappa, aqui roubou a cena várias vezes com seu jeito frenético de tocar - Bowie simplesmente se recolhia no fundo, deixando o palco todo para ele. Dessa vez, eu teria a oportunidade de vê-lo bem de
perto. A casa estava pela metade, mas com um público bem animado.
Acompanhado de uma cozinha pra lá de
competente: Tobias Ralph e Julie Slick. Sempre com um sorriso maroto, como o de um garoto
orgulhoso de alguma traquinagem que havia feito, o show foi baseado em seu
trabalho solo e de sua fase no King Crimson, tocando músicas
como Dinosaur, Three of a Perfect Pair, Frame by Frame, Heartbeat, Neurotica e
Indiscipline. O show foi dividido em dois sets de aproximadamente 45
minutos cada, com um intervalo próximo de 20 minutos. Acima de tudo, se divertiu muito e nos divertiu com
seu jeito irreverente. Erguia o punho e vibrava sempre que alguma coisa
esquisita dava certo. Agora, convenhamos, por mais batido que seja,
pregunto: é possível imaginar um show do Deep Purple sem Smoke On The Water,
Jethro Tull sem Aqualung, caipirinha sem limão? Pois ele inexplicavelmente,
inacreditavelmente não tocou Elephant Talk. Putz, que raiva!!! Para quem quiser ler uma resenha de verdade, recomendo o link abaixo, com texto de meu amigo Gabriel Costa, baixista do Violeta de Outono. Ricardo |