Bourbon Street Fest 2019

01/09/2019 – Parque do Ibirapuera

Este festival sempre traz atrações muito interessantes para Parque do Ibirapuera. Por ser um evento ao ar livre e gratuito, atrai sempre uma multidão, o que torna o tumulto e o desconforto praticamente inevitáveis. Dessa vez estava tranquilo, mas por culpa de um componente indesejado: chuva, muita chuva, o que causou um atraso de quase uma hora e pouca gente para prestigiar. Por isso, fui extremamente econômico com as fotos e as poucas que tirei foram com a máquina embrulhada num saco plástico.

A primeira apresentação foi de Bobbi Rae com o suporte de Igor Prado, de quem gosto muito, no entanto, o repertório foi um pop-soul de músicas conhecidas, mas que não me seduziram. Bobbi depois da última música, deu as costas e saiu sem nem agradecer às pessoas que  estavam tomando chuva para vê-la.

Bonerama era o motivo de eu estar lá, encharcado. Com 4 (quatro) trombones na linha de frente, uma tuba, mais baixo, guitarra e bateria. Fizeram uma releitura absolutamente eletrizante de sucessos do Led Zeppelin, dando ainda mais energia às músicas que já são naturalmente pesadas. Inútil tentar descrever, procure e tire suas próprias conclusões.

Dwayne Dopsie & The Zydeco Hellraisers, estavam fechando o festival. Com o acordeom desempenhando papel principal, junto com a banda e o “frotoir” – avental de metal, semelhante ao wash board (tábua de lavar roupa) usado como percussão,  “o zydeco é um estilo musical super dançante, criado por volta dos anos 50 pelos créoles–descendentes dos colonizadores franceses da Louisiana, no sul dos Estados Unidos. Ele funde várias influências, como a música francesa, o blues e a música cajun–espécie de country music da Louisiana.”

Na minha opinião, o som estava meio embolado além de ficarem um pouco apagados depois da vibrante apresentação do Bonerama. A esta altura eu estava com frio, completamente molhado e acabei saindo alguns minutos antes do fim.

Diante da previsão de tempo ruim e frio, nem por um instante avalie a possibilidade de não ir, mesmo sabendo do desconforto que me esperava, tem coisas que se não pagarmos o preço nunca veremos. O Bonerama fez com que cada gota de chuva gelada que escorria por minhas costas até entrar no cofrinho valesse a pena. Como nenhum dos convidados do cercadinho vip apareceu, solicitei a produção que gentilmente consentiu que dois deficientes lá se acomodassem. A foto acima foi cortesia da nossa amiga, fotografa profissional, Mila.

Ricardo
ricardo@bluesrockshow.com


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