16/11/2015 - Key West Acordamos em Key West e o dia estava com cara de
poucos amigos. Nenhum problema, se não fossem os shows que deveriam ser
realizados no palco da piscina.
O show de Martin Barre (Jethro Tull) que deveria ser às 11:15 da manhã
no Pool Stage se deu no mesmo horário no Spinnaker. Aliás, os
horários dos shows causavam um curto circuito generalizado na cabeça de todos os
artistas que se apresentavam antes do anoitecer. "Thank you for comming here
tonight..." Martin ao perceber o erro disse que nunca na vida tinha tocado
logo depois de tomar o café da manhã e que não se responsabilizaria pelos
resultados. Repetiu o repertório da Pre Party, mas, precisa falar que foi um
showzão? Com uma rara janela de umas duas horas sem shows, fiz uma rápida visita a
Key West.
Um centrinho para comprar bugigangas, museu, aquário, estátuas... Bom,
mas... it's time to rock'n'roll. São comparados a bandas como Pink Floyd, Radiohead e Porcupine Tree. Acho o
som legal, mas, particularmente, um pouco melancólico. No palco Allan Holdsworth, que já tocou no Soft Machine,
Gong... acompanhado por dois monstros, o baixista Jimmy Haslip e o batera
australiano Virgil Donatti, ambos famosos no meio fusion. O sol voltou
a dar as caras e o palco da piscina pode ser utilizado. Muita ventania e Allan
disse que era a primeira vez que estava tocando no meio de um
hurricaine. Apesar disso, tudo estava perfeito se não fosse a limitação
que tenho de compreender o jazz fusion, que na minha cabecinha e
ouvidos incautos se transforma numa grande confusion. Sorry!
Quando o Marillion surgiu, o que mais me chamou a atenção foram os
magníficos solos de guitarra de Steve Rothery. Numa única
apresentação no cruzeiro, este era um show que eu não podia perder.
No finalzinho, a participação especial do vocalista do Marillion, Steve
Hogarth. Gostei muito do trabalho.
Jolly, apesar de momentos de peso, é, para mim, uma banda
que tem um pouco de U2 e um pouco de pop demais para ser considerada
progressiva. Não consegui entrar no clima...
Dave Kerzner é um produtor, músico e letrista que já
trabalhou com Alan Parsons, Genesis, Neil Peart, Keith Emerson, entre
outros.
Faz um som bastante interessante que tem como característica começar
mancinho e ir se incendiando, voltar ao calmo e assim sucessivamente. A grande surpresa para mim veio quando anunciou as irmãs McBroom que
estavam fazendo backing vocals. Elas excurcionaram com Pink Floyd, Rolling
Stones, Rod Steward... Durga e Lorelei proporcionaram orgasmos espirituais coletivos de purificação da
alma, cantando The Great Gig In The Sky, do Pink Floyd. Foi
I-N-A-C-R-E-D-I-T-Á-V-E-L, cantaram igualzinho ao disco, foi uma catarse
geral. Nunca pensei ver isso ao vivo.
Quando me dirigia para o outro show, por apenas alguns segundos dividimos o
mesmo elevador, enquanto pegava a máquina elas saíram e eu achei muita
petulância sair atrás - idiota! Tem como líder o guitarrista e tecladista Richard Henshall à direita.
Ricardo
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