3- Anglagard, PFM, Caravan...

17/11/2015 - Nassau


Deveríamos ter acordado com o navio ancorado numa ilha particular em algum lugar do Caribe, no entanto, fomos informados pela manhã que, devido ao mau tempo, estávamos rumando à capital das Bahamas, Nassau.


Nenhum problema quanto a isso, como já disse antes, estávamos lá para um turismo musical e não geográfico, o único porém era que teríamos o show do IO Earth num palco montado numa praia paradisíaca, o que não ia acontecer mais.


Como boa parte dos shows do palco da piscina não puderam ser realizados, a agenda que já era apertada bagunçou de vez. O primeiro show estava marcado para as 10 da manhã nesse mesmo palco, com o Anglagard. Acima a multiinstrumentista Anna Holmgren, que chegou a se desculpar por não estar sempre tocando de frente para o público, é o vento, explicou.


Atracamos com a quebradeira do som da banda atraindo olhares curiosos do navio vizinho. Infelizmente o baterista que conheci no Nearfest, Mattias Olsson não está mais e foi substituído por Erik Hammarstrom que não me impressionou tanto.
 

Lifesigns, britânica, tem como membro principal o tecladista John Young que já trabalhou com Scorpinos, Asia, Bonnie Tyler, entre outros. Achei o som "maneirinho" e acabei não sendo seduzido por ele.
 
 
PFM (Premiata Forneria Marconi)  


Mesmo com a saída do carismático guitarrista Franco Mussida, o PFM fez um belo show, tocando músicas de diversas fases da carreira.
 

Restaram apenas dois integrantes mais antigos, o baixista Patrick Djivas e Franz.
 

Franz Di Cioccio continua a se alternar entre a bateria e os vocais, com muita energia, e faz a alegria da galera.
 

Descemos rapidamente para uma curta caminhada em Nassau e não demorou muito para um doidão nos oferecer cocaína e maconha, preferimos tomar uma cerveja. Voltei apressado, do lado de fora do navio já era possível ouvir o Spok's Beard no 13o. andar.
  
Spok's Beard
 

Em alguns momentos lembra Gentle Giant, em outros tenho a impressão de ser David Gilmour tocando a guitarra, às vezes, parece John Anderson do Yes cantando, no entanto, o leque musical deles é bastante amplo. 


Quando Ted Leonard e Alan Morse cantam juntos o resultado é a maciez dos duos de Wishbone Ash.


Seguramente foi uma das bandas que mais apreciei no cruzeiro. 
 

Bad Dreams, único representante da América Latina, é uma banda argentina que tem como membro principal o vocalista e guitarrista Gabriel Agudo. Fizeram a fama por tocarem muito bem músicas do Genesis, com as quais finalizaram o show. Apesar de prejudicados por problemas técnicos, a primeira parte foi com músicas próprias.
 

O Marillion é uma banda excelente, no entanto, tenho um sério problema com o excesso de caras e bocas do "novo" vocalista deles, por isso, mesmo sendo a única oportunidade que eu teria para assistir, preferi ver outra coisa. Sorry, again. Para não dizerem que sou chato, taí uma foto do show.
 
Caravan


Eu estava muito ansioso para ver essa banda, cheia de tiozinhos, tocar.

 
É uma banda inglesa que mistura rock, jazz, psicodelia e o que vier à cabeça.


Acima o multiinstrumentista Geoffrey Richardson que grava com o Caravan desde 1973.
 

Nektar, depois de tê-los visto três vezes no Brasil, eles não eram minha prioridade, mas acabei indo. Puxa, ainda bem! Foi o melhor show deles que eu vi. No show de "amanhã" terei melhores fotos e farei maiores comentários.


Saga, eis uma apresentação que lamentei ter perdido, não sabia nada sobre eles e vi só os últimos minutos do show na piscina, enquanto saia do Nektar para ir ver o próximo show.


Talvez eu esteja enganado, mas com essa "tecladeira" monumental, tive a impressão de ter perdido algo importante.
 
 
Estava aguardando para ver o show do IO Earth que estava demorando demais para começar, por causa de problemas técnicos. Já passava da uma da madrugada e meu corpo pedia descanso, no entanto, a curiosidade era maior.
 
A espera valeu a pena, apareceu por lá a rainha da simpatia, Durga McBroom.

 
Alguns artistas são arrogantes, outros são a doçura em pessoa. Será que eles têm ideia da importância deles para as pessoas comuns? Perguntei se ela se importaria em tirar uma foto comigo. Com um simpático sorriso perguntou qual era o meu nome, em seguida, se apresentou estendendo a mão. Eu disse que adorava vozes de cantoras femininas, ela passou a mão em meu rosto carinhosamente e agradeceu. Um ato banal para ela, mas não para mim, guardarei esse inesperado gesto e contarei essa história pelo resto de minha vida.
 
IO Earth


Banda inglesa, que tem como destaque, além da beleza de sua vocalista, o guitarrista Dave Cureton. Para enriquecer o som conta com sax, flauta, um instrumento acima que eu classificaria como clarinete e violino.


O nome da rainha da beleza não podia ser mais apropriado, Linda (Odinsen). As músicas geralmente têm introduções relativamente longas e a voz não possui grandes variações.
 
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