4- Nektar, Mike Portnoy's Tr...

18/11/2012
 
Outro belo dia de sol e o palco da piscina liberado, que tal começar uma manhã assim?

 
Caravan
 
Com a banda literalmente derretendo, o guitarrista Pye Hastings disse que quando saiu da Escócia estava nevando e que mal podia acreditar num dia assim.


Repetiram basicamente o show do dia anterior. Olha o marzão no fundo...
 
 
Nektar
 

O repertório foi diferente do da noite anterior, mais parecido com o que haviam apresentado no Brasil, de alguma maneira, o repertório anterior me agradou bem mais, acho que estava mais pesado que viajante.
 

O novo baixista, Lux Vibratus, destoava da banda, tanto pela idade quanto pelo visual.
 

No show de "ontem", eu estava bem perto do baixista e notei que no começo da primeira música, ele ria timidamente e cheguei a pensar que estava envergonhado. Quando entrou a parte de baixo dele ele virou para nós e consegui ler nos lábios dele "awsom" (demais) e abriu um largo sorriso. 


Enquanto assistíamos Anglagard juntos, ele me explicou que o baixo elétrico é como um brinquedo para ele, pois estava acostumado ao enorme baixo acústico que costuma tocar em outra banda mais jazzística. Diz que adora tocar com o Nektar e que sua adaptação foi muito rápida.
 
Anglagard
 

Cada banda toca duas vezes, em dias e palcos diferentes. Tirando Yes e Marillion, cada banda toca por um pouco mais que uma hora, o que para bandas de progressivo é pouco.

 
Conforme eu desconfiava e pude confirmar com o Nektar, assistindo apenas uma vez cada banda, perde-se muita coisa, pois elas têm repertório de sobra. No caso do Anglagard e Nektar, o repertório foi bem diferente em cada apresentação.

  
A apresentação aqui foi com músicas mais quebradas, de mais difícil digestão para quem não as conhece, por isso, gostei mais do show anterior.
 
 
Mike Portnoy's Tribute to Chris Squire
 

Esta foto eu tirei em 2013, quando o baixista do Yes, Chris Squire ainda estava em plena forma durante o show realizado em São Paulo. Infelizmente perdeu a luta contra o câncer em 27/06/2015, por isso, o belo tributo que relato abaixo.


Achei que Mike tinha montado uma banda para tocar covers de alguns hits do Yes. Vindo de um virtuoso como ele, nem sei por que pensei tamanha bobagem. A banda é Mike (bateria), Randy George (baixo), Neil Morse (teclados, guitarra, violão), Bill Hubauer (teclados) e Eric Gillete (guitarra).


A base era a banda de Neal Morse (ao fundo), com baixistas e vocalistas de outras bandas se alternando o tempo todo. Acima são Pete Trewavas e Steve Hogarth do Marillion.
 

Acima, Steve Hogarth (Marillion) e Jonas Reingold (Barracuda Triangle e The Flower Kings)


Mike explicou que a proposta era tocar músicas pouco executadas pelo Yes. Tivemos deliciosas surpresas como músicas do álbum solo Fish Out Of Water, do projeto Cinema, do álbum Time And A Word de 1970 e até uma música do álbum Drama.
 

Acima nos vocais estão Ted Leonard (Spok's Beard) e Ross Jennings (Haken)
 

Os vocalistas convidados foram:
• Casey McPherson (Flying Colours) cantando "No Opportunity"
• Steve Hogarth (Marillion) cantando "Hold Out Your Hand/You By My Side", "Silently Falling"
• Ted Leonard (Spok's Beard) cantando "Make It Easy", "Changes"
• Ross Jennings (Haken) cantando "City Of Love", "Changes"

Acima estão Ross Jennings (Haken) e Dave Meros (Spok's Beard)
 

Os baixistas convidados foram:
• Pete Trewavas (Marillion, Transatlantic...) tocando "Hold Out Your Hand / You By My Side"
• Jonas Reingold (Barracuda Triangle, The Flower Kings) tocando "Silently Fallin"
• Dave Meros (Spok's Beard) tocando "City Of Love"

Sendo que Ryo Okumoto (Spok's Beard) foi o tecladista de "Silently Falling"


Seria muito legal se surgisse um DVD oficial desse show, o setlist foi o seguinte:
• "Every Little Thing (1o.álbum - 1969)

• "No Opportunity Necessary No Experience Needed" (Time And A Word - 1970)
• "Hold Out Your Hand / You By My Side" (solo Fish Out Of Water - 1975)
• "Silently Falling" (solo Fish Out Of Water - 1975)
• "Cinema / Make It Easy" (banda formada em 1982 e lançou apenas um disco)
• "City Of Love" (90125 - 1983)
• "The Fish Medley" (Fragile - 1971)
• "Changes" (90125 - 1983)
• "Does It Really Happen (Reprise)" (Drama - 1980)


A rigor, posso afirmar que para mim os espetáculos do cruzeiro terminaram com o tributo - com chave de ouro - já que os shows ainda possíveis eram o Allan Holdsworth que já estava em andamento e por último o Anathema.


Dei minha opinião sobre a banda Anathema quando a vi no Overload Festival. http://www.bluesrockshow.com/riverside---overload-fest
Tentei mais uma vez, mas durante a terceira música me retirei para me alimentar com calma, pela primeira vez, e depois me recolher aos aposentos, já que seríamos praticamente despejados no dia seguinte.
 
No dia 19 acordamos cedo, tomamos o café e ao passar na frente do bar do palco Atrium, pouco antes das 9 da manhã, vi o Allan Holdsworth encostado no balcão tomando algo branco, cujo formato da taça denunciava não se tratar de leite. Arrisco que fosse uma Piña Colada ou coisa do tipo.


Do lado de fora do navio, foi mais uma oportunidade de ver quase todos os integrantes de todas as bandas, espalhados entre os passageiros comuns, tendo as mesmas preocupações que nós, bagagens e transportes. (Acima está Martin Barre - Jethro Tull)
 
Era o fim de um grande sonho realizado e o início do próximo, alguns passageiros já se mobilizavam na lista de sugestões para o próximo cruzeiro.

Valeu PC, Jorge Fernando e Edgard, até a próxima.

Ricardo
 
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