Cruise To The Edge
Num trocadilho com o título de um disco de início
de carreira, Close To The Edge, este é o terceiro ano que o Yes organiza um
cruzeiro com bandas de rock progressivo. A partida foi dia 15/11 com desembarque
na manhã do dia 19, no entanto, ocorreria uma Pre Party, com três
bandas se apresentando, no dia 14 à noite no Magic City Casino em Miami. Para
evitar correria e ter folga para contornar algum imprevisto, eu e mais dois
amigos, Paulo César (PC) do Rio de Janeiro e o Edgard, resolvemos chegar com um
dia de antecedência. Infelizmente, mesmo com todo esse cuidado, saindo com três
horas de antecedência para o destino, perdemos a primeira parte da
festa. Pre Party (14/11/2015) A nossa pre party começou no avião, acho
que a aeromoça percebeu que ficaríamos no pé dela, daí deu logo algumas
garrafinhas de whisky a mais para se livrar. Como sabíamos que em Miami tudo é distante e o taxi
caro, alugamos um carro para podermos aproveitar mais. Não este da foto... Aliás, sou
um ignorante, chamam isso de arte. Bom... deve ser mesmo, afinal, tinha alguns
tontos que nem eu fotografando. A Pre Party começaria no Magical City
Casino às 17 horas, por isso, às 14 já estávamos à caminho. Contudo, tivemos um
pneu furado num Hyundai Elantra que não têm estepe, ligamos para Budget que nos
alugou o carro e não nos orientaram dizendo que o carro tem um kit de reparo que
poderíamos tentar usar. O guincho levou 3 horas para chegar com outro carro e
perdemos a primeira apresentação da noite, Lifesigns, e duas
músicas do Martin Barre (ex guitarrista do Jethro Tull - que eu
adoro). Martin tocou músicas próprias mas principalmente
releituras do Jethro Tull. O vocalista e guitarrista Dan Crisp, à esquerda, tem
uma voz muito semelhante a de Ian Anderson. No disco Order Of Play, nas músicas
do Jethro Tull a sutileza da flauta é substituída pela abrasividade do sax, o
que deixou o som bem mais pesado, uma pena que para esse show ele não trouxe o
saxofonista. De qualquer maneira, a banda estava excelente, Martin estava muito
à vontade e tanto músicos quanto os presentes estavam se divertindo
muito. Malcom Mortimere foi baterista do Gentle Giant na gravação do álbum Three
Friends, em 1972, e foi dispensado depois por ter sofrido um acidente de
motocicleta.
Three Friends é formado
atualmente por dois ex-integrantes do Gentle Giant (Malcom e
Gary) e é também o nome do terceiro álbum do Gigante. Jamais sonhei em ver algum
dos membros executando sua música errática, por isso a expectativa era grande,
mas, aparentemente não era nosso dia de sorte
e más notícias chegaram, foi anunciado que a esperada apresentação não
aconteceria, pois seu guitarrista Gary Green havia sofrido um ataque cardíaco no
dia anterior. ... o tecladista Neil Angilley que fez o
que pode para cobrir a falta da guitarra e no baixo ainda tinha Jonathan Noice, ex-Jethro Tull.
After Hours Prog Jam Uma coisa muito legal que aconteceu todos os dias foi a jam. Foi
organizado assim, se você canta ou toca qualquer instrumento, você podia entrar
no site e se candidatar a participar de certas músicas. Os organizadores se
encarregavam de montar o time para cada uma das música, dessa forma, os músicos
se conheciam no palco e cada um fazia a sua parte. Foi muito legal, para ter
noção do nível, a segunda música executada - com perfeição - foi 21st Century
Schizoid Man (King Crimson). Assisti apenas no dia da Pre Party, durante o
cruzeiro sempre coincidia com algum show, uma pena. O único porém foi que como
cada música era executada por um time diferente, levava sempre alguns minutos
até que todos estivessem prontos. Acima está nosso amigo Roger Troyjo (Yesssongs, Giant
Steps...)
Ricardo
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