2000
6-mai-2000 |
Motorhead - Credicard Hall, rock'n'roll puro e direto, não fazem nada de novo, por isso mesmo o público lota sempre, pois sabem exatamente o que esperar deles. |
9-set-2000 |
Deep Purple com a Orquestra Jazz Sinfônica - Via Funchal, foi a turnê comemorativa dos 30 anos do disco Concerto for Group and Orchestra, escrito por John Lord que basicamente foi tocado na primeira parte do show. A segunda parte contou com um convidado muito especial, Ronnie James Dio, com o qual tocaram músicas de autoria de Roger Glover e duas do Dio, Fever Dreams e Rainbow in the Dark, não é preciso ser gênio para saber que o baixinho roubou a cena. Depois retornou ao palco Ian Gillan, meio desconfortável, com a difícil missão de reverter a situação para si, ainda mais não tocando o óbvio como Fools, Vavoom..., Watching the Sky, mas fecharam com Smoke on the Water com Dio participando e sendo ovacionado. Quem quiser ver Gillan e Dio nesse momento histórico (gravado no México), clique no link: http://www.youtube.com/watch?v=2WX_4FNoto4&feature=player_embedded#!
Bem no início do show, vi uma coisa curiosa, no meio da primeira música veio o solo de Steve Morse que para um roqueiro é algo banal, mesmo que executado com virtuosismo. Assim que o solo terminou, os integrantes da orquestra que tomava todo o fundo do palco, aplaudiram e olharam para nós, sem entender bem, porquê não tínhamos dado a mínima. |
13-set-2000 |
Steppenwolf (John Kay &) - Olympia, fizeram um bom show, com o repertório semelhante ao seu álbum Live, onde não faltaram Don't Step the Grass, Sam; Monster; The Pusher e a inevitável Born to be Wild. |
18-nov-2000 |
British Rock Symphoni - Credicard Hall, de vez em quando aparecem umas coisas que a gente nem acredita. Este projeto reuniu vocalistas famosos para tocar músicas próprias e covers de outras bandas em versão orquestrada. Roger Daltrey não desembarcou no Brasil, mas vieram Jon Anderson e Alice Cooper. Com orquestra, coral, baixo, guitarras, bateria e teclados, a primeira parte foi meio morna, onde tocaram Come Together - Beatles, Kashmir - Led Zeppelin, cantadas por Tony Mitchell (nunca ouvi falar), também participou o totalmente dispensável vocalista do Spandau Ballet, Tony Hadley, antipático e rejeitado pelos presentes, depois Alan Parson tocou Sirius, Old & Wise, Games People Play e fecharam o primeiro ato com Hey Jude - Beatles.
Na segunda parte veio Jon Anderson do Yes que tocou Long Distance..., State of Independence (dele com Vangelis), Owner of a Lonely Heart e Roundabout. Finalmente veio quem eu esperava, o entertainer Alice Cooper, com roupa de couro, cara de nojo e um chicotinho batendo na palma da mão cantando Another Brick In The Wall - Pink Floyd, pronto, meu ingresso estava pago, simplesmente imperdível, infelizmente não saiu no DVD nem nunca mais vi. Se alguém tiver, SOCORRO, arrumem para mim! Em seguida veio Start Me Up - Rolling Stones, My Generation - The Who, a maravilhosa Schools Out dele mesmo, e fecharam com With A Little Help From My Friends, com todos no palco, onde cada um cantava uma parte, mas nessa hora só se prestava atenção em Alice. Esta foi a primeira vez que fiquei de cara a cara com esse gigante, inesquecível!!! |
28-nov-2000 |
Jethro Tull - Via Funchal, show recheado de clássicos, onde mais de 20 músicas, pelo menos 15 são sucesso, muito bom. Veja o set list completo no link http://www.setlist.fm/setlist/jethro-tull/2000/via-funchal-sao-paulo-brazil-53d3b3e5.html |
2001
28-mar-2001 |
Camel - abertura Violeta de Outono no Olympia, com extrema competência o Violeta de Outono fez a abertura, tocando músicas do Pink Floyd do fim dos anos 60 e músicas próprias. Uma experiência psicodélica muito legal.
É incrível como espetáculos nunca esperados de repente aparecem e nos brindam com uma enorme surpresa. Sentado à primeira mesa, em frente ao meio do palco, assisti a um dos melhores show de minha vida. Um rock progressivo de uma sutileza majestosa com explosões de sonoridade e solos cerimoniosos. Não bastasse tocarem Echoes, Rhayader, Ice, Hopless Anger, Lady Fantasy, o guitarrista - tecladista - flautista - etc. Andrew Latimer toca sua guitarra com cada nota saindo do fundo de sua alma, com uma emoção contagiante, desfigurando todo seu rosto. Um envolvimento, um prazer ao tocar que poucas vezes vi em outros músicos... em vários momentos tive que me segurar para não ajoelhar a agradecer por aqueles momentos.
Em 2003, o Camel anunciou a sua turnê de despedida, que tristemente não chegou a ser realizada em sua plenitude, pois inexplicavelmente não despertou interesse e não tiveram contratos suficientes que a viabilizassem. Pior ainda, pouco depois Andy foi diagnosticado com leucemia, travou uma longa luta, conseguiu transplante de medula e felizmente em 2010 superou o problema. Longa vida ao Andy! |
18-abr-2001 |
Rick Wakeman - Via Funchal, com uma formação extremamente enxuta, apenas baixo, guitarra, bateria e teclados, fez um belo show, passeando por antigos sucessos e novas músicas, fez um show empolgante. |
19-abr-2001 |
Rick Wakeman - Via Funchal, como o show do dia anterior foi muito bom e estava meio vazio, resolvi repetir a dose e comprar um ingresso barato e depois buscar uma mesa mais próxima do palco, como havia feito no dia anterior, para minha surpresa estava quase lotado. |
18-ago-2001 |
Savatage - Via Funchal, depois do excelente show de 1998, no "Monsters", fui com alta expectativa, mas fiquei frustrado, pois não tocaram nenhuma música do excelente álbum Wake of Magellan, que era a única coisa que eu conhecia deles, muito diferente do show que foi mais "porrada". Concluo com isso que este trabalho deve ter sido uma exceção na carreira e que os verdadeiros fãs devem tê-lo odiado :-). |
7-set-2001 |
Judas Priest (com Tim "Ripper" Owens) - Credicard Hall, Tim substituiu Rob Halford com competência, tocaram grandes clássicos e músicas de seu trabalho com o novo vocalista. Foi legal, mas não deixou de ser um Judas "genérico". |
11-out-2001 |
Eric Clapton - Pacaembu, depois de ter assistido a um dos melhores shows de minha vida, com ele, a 10 anos atrás, este está entre os piores. Mais uma vez não estou julgando aqui a técnica, sua fidelidade ao blues, etc. Fez um show num estádio, contido, que para um barzinho intimista poderia ser considerado morno, imagina! Para o bis, onde achei que iria incendiar, voltou e sentou-se num banquinho para tocar algo parecido bossa nova! Por várias vezes pensei em deixar o estádio, mas sempre tinha a esperança de que na próxima renasceria o bom e velho Clapton que eu queria ver. Não aconteceu. |
13-out-2001 |
Annie Haslam e Flávio Venturini - Palace (Directv MHall), dona de uma das vozes mais melodiosas e afinadas do rock progressivo, Annie se apaixonou pelo Brasil, acabou lançando o CD Under Brasilian Skies e fez parceria com Flávio Venturini. Annie cantou do Renaissance Let It Grow, Carpet Of The Sun, Prologue, além de músicas próprias, Poetry Of The Birds composta em parceria com Flávio e Noites Com Sol. |
3-nov-2001 |
Voices of Classic Rock - Credicard Hall
Tem coisas que realmente são inesperadas e a gente se surpreende, principalmente quando chegam até aqui. Uma delas foi o projeto criado pelo The Voice of Rock Glenn Hughes e Larry Hoppen da banda Orleans (?). Eles reuniram alguns vocalistas famosos e saíram excursionando pelo mundo cantando as músicas mais conhecidas de suas bandas. Foram eles: Alex Ligertwood (Santana), Fergie Frederiksen (Toto), Jimi Jamison (Survivor), Joe Lynn Turner (Rainbow, Deep Purple, Yngwie Malmsteen), Peter Revera (Rare Earth) e os próprios Glenn Hughes e Larry Hopen.
Apesar de as vendas não terem sido muito boas, todos se divertiram muito. O show foi dividido em duas partes, sendo que na primeira, o que teve de mais legal foram Alex cantando Winning, Peter Rivera com Get Ready - como é legal ver esse tiozão tocar bateria e cantar ao mesmo tempo, Joe Lynn Turner com Hush e Glenn Hughes arrebentando com Stormbringer.
Larry começou a segunda parte com Dance With Me, Alex sempre animadíssimo voltou com Black Magic Woman, Fergie com Africa e Rosana, Peter com I Just Want To Celebrate e Jimi com The Serach Is Over, em seguida vem mais Deep Purple com My Woman From Tokyo, Burn e Highway Star. Como não poderia faltar, fecharam com Eye Of The Tiger e Smoke On The Water com todos no palco. Resumindo, uma grande festa. |
2002
11-mai-2002 |
Jeff Healey (Robert Cray &) - Credicard Hall
Red Bull com Whisky, depois dessa, só se for com MUITA moderação.
Abaixo, um valioso souvenir, a palheta de Jeff, que foi-me presenteada pelo meu amigo Bruno, produtor e organizador de eventos.
Jeff fez um show efervescente, contagiou a todos com seu blues rock de pegada agressiva. Perdeu a visão ainda criança e lutou por mais de 40 anos contra o câncer. Enquanto não perdeu a luta, tocava com incrível alegria e vigor. Levantou de sua cadeira, rolou pelo chão, pulou e fez todos vibrar com vários sucessos de sua carreira e alguns lindos covers como Blue Jeans do ZZ Top e While My Guitar Gently Weeps dos Beatles, todas tocadas com maestria.
Mas a produção cometeu um grande erro, e eu outro. Ao invés de colocar Robert Cray para abrir, colocaram-no para tocar depois de Jeff ter incendiado a todos. Com um show mais light e com repertório focado em seus trabalhos mais recentes, contido demais para meu gosto, acabei me encantando mais com o Red Bull com Whisky do que com o show propriamente dito. Desculpem-me mais uma vez meus amigos músicos de blues que vêem enormes qualidades na forma respeitosa de Cray se relacionar com o estilo e pureza com que toca, mas achei o show muito chato. Depois do meio do show cometi um erro que jamais repetirei, cruzei os braços sobre a mesa e abaixei a cabeça, na hora que a levantei para vê-lo falar sobre a próxima música que iria tocar, deu um tuím e o mundo girou a minha volta. Aos 40 anos de idade eu estava tomando o terceiro (e último, eu espero) grande porre de minha vida... que vergonha, hahahaha. |
17-mai-2002 |
Saxon - Palace (Directv Music Hall), seguramente está entre os 5 melhores shows de minha vida. Depois de tê-los visto pelo binóculo no "Monsters", vê-los no ambiente intimista do Palace foi um privilégio. Entraram tocando Killing Ground, com uma presença de palco e carisma impactantes. Os tiozinhos todos de cabelos longos, em linha, na frente palco, debruçados sobre seus instrumentos fazendo o movimento headbanger, e se mantiveram assim até o final. O público reagiu aos brados e a troca de energia foi muito intensa até o último minuto. Com um setlist matador, tocaram uma infinidade de petardos como 747 (Strangers in the Night), Strong Arm of the Law, The Eagle has Landed - nesse momento jogaram no palco uma faixa enorme na qual estava escrito The Eagle Has Landed In Brazil, aliás, tudo o que foi jogado no palco, principalmente camisetas, Biff fez questão de pegar e pendurar em algum lugar, no final quase não se via mais a bateria. Não faltou Heavy Metal Thunder, tocaram a bela Broken Heroes, Never Surrender, Power and the Glory, além de o surpreendente cover do King Crimson, In the Court of the Crimson King, logo no começo. Voltaram para o bis com 20,000 Ft, Solid Ball of Rock e fecharam com Crusaider, que normalmente teria sido o fim, mas o alvoroço era tamanho que acabaram voltando mais uma vez. Biff disse que já haviam lhe contado que se viesse tocar no Brasil deveria se preparar para ter uma experiência única e perguntou se queríamos ouvir mais uma. Mandaram Motorcycle Man e o o povo não cansava de pedir one more, one more! Biff olhou para a porta de saída e ordenou "tranque a porra da porta pois vamos tocar a noite toda". E foi quase assim, And the Bands Played On (uma de minhas preferidas, maravilha!), one more? Coming Home, one more? Foi a vez de Demin and Leather, one more? Fecharam com Wheels of Steel. Foi um total de 27 músicas e quase 3 horas de show. Histórico, inesquecível! |
13-jun-2002 |
Magic Slim - Olympia, o "gigante gentil" de 2m de altura estava prestes a completar 65 anos, volta ao Brasil pela 6a. vez. Nascido no Mississipi, trabalhou nos famosos campos de algodão, cantava e tocava piano nas igrejas, mas trocou o instrumento pela guitarra quando perdeu um dedo da mão direita em um acidente de trabalho. Veio com sua banda Teardrops para divulgar seu último trabalho, Black Tornado. |
20-jul-2002 |
Nightwish - Credicard Hall, uma enorme expectativa me tomava para este show. Eu havia perdido a oportunidade de assistir ao show deles numa casa pequena na Cardeal Arcoverde, quando ainda não eram gigantes como hoje, e estava extremamente arrependido. Na época tinha ouvido falar mas não conhecia e era no dia da festa de aniversário de meu filho. Não deu para ir. Depois disso fui até a galeria, mostraram-me o trabalho da banda, mas achei metal demais, fui para casa e baixei tudo pela internet, comecei a ouvir e em poucos dias me apaixonei completamente pela voz daquela diva, voltei a galeria e comprei tudo que tinha deles. Agora era vez de ver o que eram capazes de fazer ao vivo e não me desapontei. Tarja canta tudo aquilo ao vivo também e a banda é espetacular. Foi a turnê de divulgação do CD Century Child, mas não faltaram sucessos como The Kinslayer, a lindíssima Sleeping Sun, Beauty and the Beast e Wishmaster, sendo as 3 últimas no bis, mas também houve surpresas como Crazy Train do Ozzy e Over the Hills and Far Away de Gary Moore. |
22-set-2002 |
Buddy Guy - Credicard Hall, nome consagrado do blues, já o havia visto no Palace, onde fez um grande show. Desta vez, apesar de o ambiente ser menos intimista, desceu do palco e pôs-se a caminhar entre as mesas, como na minha tinha uma loirona sentada, parou e fez um solo cheio de gracinhas para ela - sorte minha. Apesar disso, não gostei tanto do show, pois estava mais preocupado em fazer caras e bocas, e divertir a platéia, do que fazer o que eu realmente queria, ouvi-lo tocar e cantar o blues como só o Buddy Guy de outros tempos sabe fazer. |
8-nov-2002 |
Focus - Palace (Directv Music Hall), uma grande história: http://www.bluesrockshow.com/focus/2002 |
22-nov-2002 |
Rush - Morumbi, falar que um show do Rush foi espetacular é chover no molhado, o problema foi que dormi no ponto, não cheguei com a antecedência que deveria e peguei um péssimo lugar, onde eu pouco via do show, muito menos ouvia. O vento era forte e varria o som de um lado para o outro. Quem quiser saber como foi, basta assistir ao DVD gravado dias depois no Rio. Como sempre, mesclaram com maestria sucessos de todas as fases de sua carreira, dando um show de talento. |
2003
14-fev-2003 |
Status Quo - Credicard Hall, é uma das mais importantes bandas de rock britânica, foi sucesso absoluto no Reino Unido por pelo menos duas décadas. Formada em 1967 por Alan Lancaster (baixo e vocal) e Francis Rossi (guitarra e vocal), vieram comemorando a turnê dos 35 anos de carreira esbanjando pique e simpatia. Desfilaram um clássico atrás do outro. Para ter uma idéia, foi a primeira vez em que fui a um show e que realmente senti muita falta de minha perna esquerda, explico, estávamos em cadeiras, mas vontade era de sair dançando o tempo todo. Uma enorme festa. Não faltaram Rain, Big Fat Mama, Roll Over Lay Down, Rockin' All Over the World, Bye Bye Johnny, além de vários medleys. Está entre os 10 melhores shows que assisti. |
14-mar-2003 |
Focus - Palace (Directv MHall), repetiram praticamente o show do ano anterior, muito legal, mas dessa vez, estavam menos acessíveis, pois os empresários bloquearam um pouco o acesso, já que na vez anterior, um colega da gente colocou Thijs num carro e levou-o até Ubatuba, na maior, com direito a banho gelado de cachoeira e tudo. Ouvi falar que os organizadores quase surtaram. |
3-abr-2003 |
Joe Satriani - Credicard Hall, do trio de virtuosos da guitarra que estão no auge no momento, Steve Vai, Yngwie Malmsteen e Joe Satriani, Joe é que mais me atrai. Sempre digo que não adianta um digitador escrever centenas de palavras por minuto, é preciso ver se o que ele escreve formam frases que fazem sentido. Transportando isso para música, o fraseado de Satriani é o que mais sintoniza comigo. Em 22 músicas executadas, ele não foi apenas muito rápido e técnico, mas também melodioso e soube o momento certo de despejar toneladas de notas por segundo, como soube fazer músicas arrastadas e cheias de feeling. Se alguém quiser o setlist ele está disponível no link http://www.setlist.fm/setlist/joe-satriani/2003/credicard-hall-sao-paulo-brazil-bd64d32.html |
20-set-2003 |
Deep Purple (Sepultura - The Hellacopters) - Pacaembu, pela quinta vez o Deep Purple estava desembarcando no Brasil, dessa vez sem John Lord, mas com Don Airey. É a maior turnê já feita por aqui, com 8 apresentações. Tudo seria ótimo, se não fosse num estádio e, pior ainda - para mim, com abertura do Sepultura. Tocou também a banda Hellcopters, que até achei legal. Outro problema, colocaram cadeiras no gramado, sim, c-a-d-e-i-r-a-s de plástico amarradas umas às outras. Teria sido ótimo para mim, se o pessoal ficasse sentado, mas numa pista ninguém fica, como se não bastasse, ainda subiam nas cadeiras, bloqueando ainda mais a visão, obrigando a todos subirem nas cadeiras também. Como equilibrismo nunca foi o meu forte, pior agora, fiquei meio que empoleirado nas barricadas laterais, sob o protesto dos seguranças. Naquela época não existia o cercadinho para os deficientes, inaugurado no primeiro show do Paul McCartney por aqui. Dizem que havia sido exigência dele, lenda ou não, só tenho a agradecer. Bem, mas voltando ao show, foi tenso e complicado, enfim, foi um show de estádio, tirando isso, o setlist foi ótimo: começaram com Highway Star, Woman From Tokyo, Lazy, Space Trukin', Knocking at Your Back Door, Perfect Stranges, Smoke on the Water e fecharam com Hush e Black Night, num total de aproximadamente 17 músicas. |
21-nov-2003 |
Wishbone Ash - Palace (Directv MHall), o som da guitarra tocada com luva de pelica. A primeira vez que ouvi um solo de guitarra duplo ou gêmeo foi com o Thin Lizzy, mas dizem que os inventores das twin guitars foram Andy Powell e David Ted Turner, que depois foram influenciando várias bandas como o Iron Maiden, por exemplo. Andy e David foram convidados a integrar o Wishbone Ash, e justamente por esta característica, a banda optou por não adotar um teclado. Trinta e três anos depois da criação, na formação atual restou apenas Andy, mas o espírito da banda se manteve intacto e foi um enorme prazer poder conferir de perto a maciez, a sutileza, a sonoridade única dessa excelente banda. |
2004
17-jan-2004 |
Iron Maiden - Pacaembu, estádio superlotado, falam em 45 mil pessoas, Shaman abriu o show e teve sua apresentação prejudicada por falhas no equipamento.
Eu estava curioso para ver o Iron agora como um sexteto, com 3 guitarras na linha de frente, até então praticamente só o Lynyrd Skynyrd fazia isso. Veio divulgar o álbum Dance of Death, que teve disco de ouro no Brasil. Na noite anterior tinha feito show no Rio em casa fechada, que inveja... a energia num estádio é sempre muito intensa, mas a baderna também. Depois da segunda música Wrathchild, Bruce preocupado com o público, interviu e pediu para que parassem o "fuck push" e disse que não queria ver ninguém no cemitério. Parece que funcionou. Tocaram Can I Play With Madness, The Tropper, Fear of the Dark, alfinetou o Metallica que havia cancelado um show aqui, dizendo que quando prometem vir para o Brasil eles vêm. O povão gostou e mandou "Ei Metallica, vai tomar no c#". Ao provocar a platéia dizendo que no Rio a música seguinte havia sido muito bem cantada pelos presentes, um doido apareceu correndo e abraçou violentamente Bruce, em seguida saiu correndo e se arremessou para o meio da platéia. Bruce: "are you from Rio?" Apresentou todos os integrantes exceto o batera, o público reagiu "Nicko, Nicko..." Bruce: "Tão famoso quanto Metallica, Mr. Nicko McBraian". Seguiram-se entre outras a inevitável Number of the Beast, Iron Maiden e Run to the Hills. Ainda não foi dessa vez que vi Running Free, paciencia. |
13-fev-2004 |
Steppenwolf (John Kay &) Via Funchal, do Steppenwolf sobrou mesmo só o vocalista, por isso o show tem o nome de John Kay & Steppenwolf. Apesar de ser considerado um músico canadense, nasceu na Alemanha, parte oriental, em 12 de abril de 1944, mas foi criado em Toronto. Fez o show baseado principalmente em antigos sucessos e, sinceramente, era tudo o que a galera queria ouvir, sem surpresas ou sobressaltos. |
14-mar-2004 |
Jon Anderson - Credicard Hall, depois do fantástico show que assisti dele em 28/04/1993, veja meus comentários, presenciei um dos piores shows de minha vida. John Anderson sobe sozinho no palco apenas com um violão que ora ele trocava com o teclado, fez um show de butequinho cantando músicas solo e do Yes. Nos primeiros 5 minutos até pode ser interessante, logo depois deu no saco. Mas tudo o que está ruim sempre pode piorar. No bis, com uma tremenda cara-de-pau, apertou um play e começou a tocar um karaokê de Owner of a Lonely Heart e ele chamou todos a ficar de pé batendo palminhas, com cara de feliz. Quem viu pode até ter gostado, mas quem viu o eu vi quase 11 anos atrás certamente saiu MUITO desapontado. |
5-mar-2004 |
UDO - Palace (Directv Music Hall), era a segunda vez que eu estava presenciando um show com tanta energia, a primeira foi de Bruce Dickinson, no Funchal, mas aqui estava mais concentrado, pois o espaço era menor. Udo tocou músicas de sua carreira solo, mas principalmente músicas de sua ex-banda Accept. A banda era ovacionada, ela nos devolvia um metal poderoso com as músicas acompanhadas aos brados, transformando banda e platéia em um corpo único, um dínamo, uma usina de força. |
20-mar-2004 |
Jethro Tull - Credicard Hall
Pela segunda vez que um show deles começa e eu levo um susto, a voz Ian Anderson dá pintas de não aguentar o tranco até o final, mas, ao lado de seu fiel escudeiro, o guitarrista Martin Barre, o meu favorito, depois de Steve Ray Vaughan, sua voz logo aquece e desfila clássicos com músicas mais recentes, até o final. Entre elas Livin in the Past, Nothing is Easy, Boureé, a bela Budapest, a inevitável Aqualung e a obrigatória Locomotive Breath.
Mais uma vez Martin teve um espaço só para ele, tocando Murphy's Law Play. Grande show. Completaram o time o tecladista Andrew Giddings que tocou com Eric Burdon, o baixista Jonathan Noyoe e o excelente baterista Duane Perry.
(A foto acredito que seja de autoria de Rafael Carnovale) |
2-abr-2004 |
Oswaldo Montenegro - Via Funchal, quem ouve a seus discos, poderá ter apenas uma pálida noção do talento desse músico. O que toca esse cara, é um absurdo, só vendo uma apresentação ao vivo para ter essa noção, tanto no violão, viola, cavaquinho, ele é muito rápido! Também é surpreendente no cantar e na sua capacidade de cantar frases cada vez mais rapidamente. Cantou e tocou tudo o que o grande público queria ouvir e deixou com a língua de fora os mais exigentes que queriam ver do que seria capaz. Excelente show! |
1-mai-2004 |
Tarja - Noite Escandinava - Teatro das Artes (Shopping Eldorado) http://www.bluesrockshow.com/tarja/noite-escandinava |
26-mai-2004 |
Nazareth - Olympia, vindo direto de uma turnê na Russia, foi com grande satisfação que me dirigi ao Olympia naquela fria noite de quarta-feira, pois sabia que ouviria um belo show de rock puro, com a voz ardida do escocês Dan McCafferty que tem se mantido intacta nos últimos 30 anos. Entre muitas outras, mandaram ver com Miss Misery, Bad Bad Boy, Razamanz, Cocaine (J.J.Cale), This Flight Tonight, Hair of the Dog e a invitável Love Hurts, que deve ter contribuído para a concepção de alguns dos presentes. Aliás, esta música vendeu tanto por aqui, que McCafferty veio receber pessoalmente o disco de ouro em 1975 e declarou “Eu não acreditei quando soube que Love Hurts vendeu tanto por aqui! Eu nem sabia que aqui no Brasil existia vitrola!” Tudo bem, até hoje tem muito estrangeiro que pensa que a capital do Brasil é Buenos Aires... |
23-ago-2004 |
Patrulha do Espaço - Centro Cultural SP, acho que depois do Made In Brazil e Casa das Máquinas, esta seja uma das bandas mais importantes do rock brasileiro, mas como não podia deixar de ser, com pouco reconhecimento, apesar de ter aberto os show do Van Halen em 1993 e recebido elogios de Eddie. Foi com grande satisfação que fui conferir este show que mostrou toda força de antigos sucessos e novas composições. Muito bom! O único remanescente original é provavelmente o maior baterista brasileiro Rolando Castello Jr. que deu um show à parte. |
28-ago-2004 |
Dio - Credicard Hall, falar sobre o carisma, presença de palco, qualidade musical, uma das vozes mais marcantes do rock, etc. é chover no molhado, qualquer pessoa que goste de rock está careca de saber de tudo isso e assina em baixo. Sobre esse show, não há o que comentar... começou com King of Rock and Roll, música maravilhosa que, quando lançada, saiu com uma qualidade ruim, aparentemente gravada ao vivo, usada como abertura de um disco de estúdio. Poder vê-lo executar essa música foi um prêmio para mim. Não costumo fazer isso, mas vou colocar o setlist do show para que tire suas próprias conclusões. Simplesmente matador: 1- King of Rock and Roll 2- Rock 'n' Roll Children 3- Gates of Babylon (Rainbow) 4- Don't Talk to Strangers 5- The Sign of the Southern Cross (Black Sabbath) 6- The Eyes 7- Stargazer (Rainbow) 8- Long Live Rock 'N' Roll / Man On The Silver Mountain (Rainbow) 9- Heaven and Hell (Black Sabbath) 10- The Mob Rules (Black Sabbath) 11- The Last in Line 12- Holy Diver 13- We Rock 14- Rainbow in the Dark e o bis veio com Neon Knights (Black Sabbath). Na minha opinião foi o melhor repertório de sua carreira. |
18-set-2004 |
Almir Sater - Credicard Hall, sempre tive vontade de vê-lo e me surpreendi. Primeiro, tive grande satisfação em ver uma casa elitizada como o Credicard Hall lotar para prestigiar um pantaneiro, um artista simples e humilde. Segundo pela forma com que toca seu violão e viola de 12 cordas. As músicas pareciam mero pretexto para, acompanhado dos outros músicos, sair solando e duelando entre si. Foi extasiante vê-los tocar fantasticamente seus instrumentos de corda. Acho que não preciso dizer que tocou Chalana, Dona e outros sucessos também, além de contar causos. Grande show. |
4-dez-2004 |
Nightwish - Via Funchal, conforme anunciado no show da Noite Escandinava de Tarja, o Nightwish veio e não desapontou o público que lotou o Via Funchal. Era a turnê de divulgação do álbum Once e Tarja estava mais solta e à vontade com o público. O carismático baixista Marco Hietala deu um gás na banda e empolga quando faz duetos com Tarja. Dessa vez Tarja se retirou do palco para os bad boys executarem o cover do Megadeth, Symphony of Destruction. Tarja volta para Kinslayer e Whishmaster, com um pedaço de Paranoid do Black Sabbath. Além de músicas do já mencionado álbum, não faltaram Phantom of the Opera, a linda Sleeping Sun, o hit Nemo, Over the Hills and Far Away, entre outras. Para encerrar tocaram I Wish I Had an Angel, que eu não assisti inteira. Como? É eu NUNCA saio de um show sem ver o bis que normalmente é o orgasmo final, mas dessa vez foi preciso... Veja a data do show à seguir. |
4-dez-2004 |
G3 (Robert Fripp, Steve Vai, Joe Satriani) - Credicard Hall, quando falamos de guitarristas virtuosos, normalmente estamos falando de egos exaltados e rivalidade. Na contramão disso, dois dos maiores guitarristas da atualidade, Joe Satriani e Steve Vai resolveram se unir, para shows juntos, convidando sempre um terceiro elemento, por onde já passaram Eric Johnson, Yngwie Malmsteen, John Petrucci, para citar só alguns. Dessa vez chamaram um das antigas, Robert Fripp. Eu quase enfartei, pois sempre sonhei em ver o King Crimson e ver o cérebro dele, o criador de 21st Century Schizoid Man já seria parte da satisfação. Quase enfartei de novo, quando descobri que cairia no mesmo dia do show do Nightwish. E agora? Bom, o único jeito vai ser sair voando do Nightwish e torcer para que o G3 atrase. Atrasou, mas não o suficiente...
Cheguei a tempo de ver por alguns minutos um sujeito sentado na penumbra, com uma guitarra no colo, aparentemente mexendo em alguns botões numa espécie de rack ao lado, emitindo sons estranhos. Comemorei achando que se tratava da equipe técnica ainda afinando os instrumentos. O cara levantou e foi embora, acabou a apresentação de Robert Fripp. Perguntei para o sujeito do lado como tinha sido o show dele, desapontado disse que foi aquilo que eu vi o tempo todo - uma b*sta! Bem eu não estava presente, mas todos me disseram que não perdi nada.
A importância de Fripp para o rock é irrefutável, agora se o resultado da frustração foi fruto de um público despreparado, eu não sei, afinal a essência dos fundadores do G3 é o heavy, portanto, na minha opinião, erraram ao escolher um integrante que destoasse totalmente de sua proposta original, por melhor que seja o músico convidado, até porque quem gosta de King Crimson não necessariamente é fã de Vai e Satriani e vice-versa.
Quanto aos shows de Steve Vai e Joe Satriani, fritaram notas na velocidade da luz, tocando várias de suas músicas mais conhecidas. Ao contrário de Fripp que ficou sozinho na sombra tocando o que ele adequadamente chama de Soundscape, Steve Vai veio acompanhado de uma tremenda banda, com nada menos que Billy Sheehan no baixo. Satriani não ficou atrás, onde o destaque, sem dúvida, é Jeff Campitelli na bateria.
No bis essa constelação se ajeita como pode para, entre outras, tocar Rockin' in the Free World (Neil Young) e fechar com Going Down, com Fripp meio peixe fora d'água. | |