Jonny Lang, Ana Popovic - Best of Blues

09/05/2014 Best of Blues - WTC Brasil

Uma segunda edição do Best of Blues me trouxe grandes surpresas antes do show.
 
1º) Era surpreendente que depois do fracasso de público do ano passado estivessem fazendo uma segunda tentativa - baixaram os preços que no ano passado ia até R$ 1.200, este ano foi "só" até R$ 900,00 - ainda muito caro, ok, nem tanto se considerarmos três nomes de peso numa só noite.
 


2º) Acho que estou ganhando pouco, mesmo nesse patamar de preços as vendas bombaram e quando fui comprar, os setores mais acessíveis estavam quase esgotados.


3º) Jonny Lang ia tocar na primeira noite e impulsivamente fui comprar o ingresso.
 
4º) Quando fui guardar o ingresso na gaveta percebi que já havia comprado um ingresso para um show no mesmo dia - Marillion e eu não queria perder nenhum dos dois...

Ana Popovic



Minha esperança era que o show de blues fosse começar pontualmente, coisa rara mas aconteceu. Ana Popovic começou a tocar às 20h07min.
 
Nascida em Belgrado na Sérvia, morou em Amsterdã e agora faz dez anos que mudou-se para Memphis, com 37 anos, mãe de dois filhos, ela arrasa com sua guitarra e vestidos curtos e colados.


É mais focada no blues, é claro, mas também tem músicas mais dançantes que flertam com o funk e soul. Depois da segunda música, sentindo o público ainda um pouco frio, disse que já tinha vindo para Salvador e Rio de Janeiro há algum tempo, para o carnaval, e que os brasileiros não eram tão quietos assim.


UEste ano ocorreu a 8ª edição da Experience Hendrix Tour, onde foi a única mulher convidada. Na cozinha estavam o baixista que tocou com Hendrix, Billy Cox, e o baterista de Steve Ray Vaughan, Chris Layton. Nas guitarras se revezaram Buddy Guy, Eric Johnson, Zakk Wilde, Dweezil Zappa, entre outros. Ela deu a bela sugestão de trazermos essa turnê para o Brasil, seria ótimo, não? Aproveitou para fazer sua homenagem à Hendrix tocando House Burning Down. Ela prefere o lado B e eu também. Para fechar, fez sua homenagem ao guitar heroe dela - e meu também - Steve Ray Vaughan, tocou uma música lindíssima, incendiária, e fez um solo daqueles.



Foi a primeira vez na vida que vi alguém solando um baixo com os dentes.

Jonny Lang

Um furacão que canta como se estivesse possesso e sola como se estivesse sendo eletrocutado.



A segunda atração e razão de minha ida até lá era Jonny Lang, que entrou no palco às 21:37. Ele já esteve aqui em 1999, com apenas 18 anos, mas eu perdi. Pouco depois se converteu e disse que Jesus Cristo lhe mostrou um outro caminho. Temia que tivesse amansado demais.
 
Mas não, continua inquieto, orgástico, espasmódico, visceral,...



canta trincando os dentes,...



com fúria, cuspindo as palavras,...


virando os olhos para trás como se estivesse possuído,...


maltrata e sola a guitarra como se estivesse sendo eletrocutado, e é comum terminar com uma corda arrebentada.
 

Meu amigo Pedro que estava no show do Marillion me mandou a mensagem às 22:08 informando que eles estavam entrando no palco. Como Lang estava na fase mais lentinha de sua apresentação, fiz uma das grandes bobagens de minha vida, saí, mesmo sabendo que a melhor parte do show ainda estava por vir.
 

Quem ia fechar a noite era a lenda Buddy Guy, mas como já havia assistido a três shows dele, inclusive o último no ano passado, nesse mesmo lugar, não fiquei tão chateado assim - por ele. O show do ano passado está aqui:

Tomara que Jonny volte logo.

Saí antes de terminar para o show para ver o Marillion (não fiz um bom negócio), as minhas impressões estão abaixo:

A continuação do dia seguinte com Jeff Beck e sua inacreditável baixista está abaixo:


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