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2013 Molly... Twisted...

Live'n'Louder 2013 - 14/04/2013 Espaço das Américas
 
 
A vida é composta de alguns momentos espetaculares, e este acima é um deles, mas sobre isso falarei daqui a pouco...
 
 
As outras edições do festival foram maratonas que ocorreram ao ar livre, com grande número de bandas. Dessa vez, pelo menos, não estávamos expostos aos intempéries do tempo, mas estávamos no Espaço das Américas, um galpão enorme, com todo o piso num mesmo nível e o palco relativamente baixo.
 
 
Quando li a propaganda do evento, a conta que apresentaram não fechou: o festival teria aproximadamente 6 horas e estavam previstas as apresentações de seis bandas. Oras, então cada uma vai tocar meia hora? Já que é necessário, normalmente, outra meia hora para preparar o palco para a banda seguinte.
 
 
 
Eu estava decidido a não ir, já que a única banda que realmente interessava, o Twisted Sister, eu já havia assistido duas vezes. Eu estava irredutível, até que anunciaram uma banda que jamais imaginei ter a oportunidade de ver, Molly Hatchet, a segunda banda mais importante de southern rock, superada apenas pelo Lynyrd Skynyrd. Não tinha jeito, ia ter que encarar horas de desconforto e coisas que não me interessavam, por eles.
 
 
Traumatizado pelo show do Robert Plant nesse mesmo lugar, onde dobrar um simples quarteirão para estacionar levou mais de meia hora, pensei em estacionar em alguma rua próxima, mas como o trânsito estava MUITO sossegado e eu tinha tempo de sobra, resolvi arriscar e me surpreendi com o estacionamento vazio e o valor de R$ 20,00 no lugar de 50 do referido show.
 
 
Na rua, a liquidação típica da saída, uma cerveja por 3 duas por 5, já havia começado bem antes do show iniciar. Hmmm, mal presságio, as vendas devem ter sido um fracasso... e foram! Quando entrei, conversei com o corpo de bombeiros que informou que dos 7 mil ingresso colocados à venda, apenas pouco mais de mil acharam compradores. Um pecado!
 
 
O valor era de R$ 300,00, mas a maioria paga meia e se dividirmos isso por 6 (bandas), o resultado é quase simbólico. Como justificativa talvez poderia apontar três motivos: 1) parte das bandas era desconhecida do grande público; 2) show longo em pleno domingo; 3) o head liner Twisted Sisters, em pouco mais de três anos estava retornando pela terceira vez, ou seja, todo munda já tinha visto.
 
 
Molly Hatchet 
 
Pela importância da banda e por eu ter ido até o festival exclusivamente por ela, fiz uma página especial que pode ser acessada pelo link: http://www.bluesrockshow.com/molly-hatchet
 
Depois de ter praticamente zerado as duas baterias da máquina fotográfica com este show, tive que ser bastante economico nas fotos do resto do festival.
 
A banda seguinte foi Sodom e tentei manter a maior distância possível deles, o que foi um tremendo golpe de sorte, como pode ser visto na página do link acima.
 
 
Loudness
 
 
A terceira banda da noite foi a primeira banda de metal japonesa que fez sucesso mundial.
 
 
O vocalista que deveria vir com a banda teve um problema com uma nevasca que impediu que seu avião decolasse e para o seu lugar foi recrutado o brasileiro Iuri Sanson, vocalista da banda gaucha de metal Hibria, que está fazendo bastante sucesso na Ásia. Não conheço o som com o vocalista da banda, mas achei que o nosso brasuca mandou muito bem.
 
 
Metal Church
  
 
É uma banda de heavy metal estadunidense formada durante a década de 80, que encerrou carreira, voltou, perdeu o vocalista num acidente, etc... Como nunca me chamou muito a atenção, peço desculpas pela falta de maiores comentários. Para aqueles que gostam da banda, acredito que tenham feito um show competente.
 
 
Angra
 
Uma das bandas brasileiras de maior importância na cena metal mundial, o Angra nunca conseguiu atingir o sucesso no Brasil que atingiu fora dele. Com músicos de alto gabarito, criaram um metal com elementos da música clássica.
 
 
O primeiro vocalista da banda era André Matos, depois veio Edu Falaschi e atualmente participa o italiano Fabio Lione, da banda também italiana de metal chamada Rhapsody (of Fire).
 
 
O público, já cansado, recebeu a banda de forma morna e eu estranhei muito a ausência de um tecladista, já que os teclados são um elemento importante em muitas músicas. Apesar de o instrumento não estar no palco, o som vinha propagado, misteriosamente "do além", alto e forte nos autofalantes...
 
Intervalos
 
Com todas as baterias de todas as bandas estavam préviamente montadas sobre plataformas com rodinhas, e todas as bandas usaram praticamente o mesmo equipamento de som, trocando apenas os instrumentos, as equipes conseguiam o milagre de preparar o palco em aproximadamente 20 minutos. A execessão ficou por conta do Twisted Sister que teve todo o palco modificado para uma configuração diferente, o que levou pelo menos o dobro do tempo. Na minha opinião foi desnecessário, já que não vi nenhum ganho de qualidade.
 
 
O mestre de cerimônias foi o humorista Bruno Sutter, que interpretou personagens, entre eles um hilariante pastor para anunciar o Metal Church. Na foto acima, ele incorpora o Detonator, vocalista da banda Massacration.
 
Foi apresentado também o vídeo nos diversos telões da casa, feito pela Comitiva do Rock - Pingakiller / Marvada Pinga, uma versão para Painkiller do Judas Priest que é INACREDITÁVEL, com a participação do Detonator. Garanto que você vai dar boas risadas, mais ainda quem conhece a música original e o Judas Priest.
 
A avacalhação é total, mas recomendo sériamente que cliquem no link http://www.youtube.com/watch?v=x9DaaD-jQ34
 
Twisted Sister
 
 
Eles tocaram basicamente as músicas que tocaram das outras vezes que estiveram aqui, e que estávamos loucos para ouvir de novo.
 
 
Além de excelente vocalista, é um front man de primeira.
 
Exceto o primeiro, todos os shows começaram atrasados, mas dentro do limite aceitável, na minha opinião, e terminou pela 1:30 da manhã, pouco mais de uma hora além do previsto. O único problema é que a esmagadora maioria não teria mais do que poucas horas de sono para encarar a segundona e quem dependia de condução ficou em maus lençóis.
 
Ricardo
 
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