S.W.U. 13/11/2011

Eu já tinha assistido a praticamente tudo que queria ver na vida, exceto Pink Floyd e o Lynyrd Skynyrd. Como o primeiro é bastante improvável que voltem a se reunir, eu já fazia planos ha algum tempo de ir aos EUA só para ver o Lynyrd, já que raramente saem de lá e lotam qualquer lugar que tocam. Quando foram confirmados para o S.W.U. pensei comigo, agora não tem jeito, vou ter que enfrentar mais uma maratona, e comemorei.

Quando a maior banda de southern rock da história entrou no palco, esqueci de todos os problemas e dores. Depois de um chato com um violão, uma discoteca com tudo que mais detesto e uma orquestra de matar qualquer um de sono, ser fuzilado por três guitarras tocando riffs extasiantes, foi como ir do inferno ao paraíso em segundos.

Mesmo com 3 guitarras, baixo, bateria e teclados, ouvia-se de forma alta, clara e cristalina cada um dos instrumentos, coisa rara até em casas de espetáculo pequenas.

O show parece ter sido curto e passou rapidamente, mas as 14 músicas foram maravilhosas. Começaram com Workin' For MCA... Skynyrd Nation, What's Your Name, That Smell...

Aconteceu até uma coisa rara, dois estúpidos brutamontes e um bombeiro se atracaram bem aos meus pés, a violência explodiu justamente no show de uma banda superfamília, alto astral, que sempre agradece a Deus e reverencia os colegas de banda que morreram num acidente aéreo. Mas só de olhar dava para perceber que os sujeitos não pertenciam a este show. E nesse lamentável incidente ficou claro todo os despreparo dos seguranças que ficaram em 7 quase paralisados em volta sem tomar uma atitude sequer para ajudar o próprio colega que estava envolvido na briga. Perderam muito tempo permitindo que a briga recomeçasse várias vezes, depois ficaram sem iniciativa e nem sabiam direito o que fazer com a maca e como remover o encrenqueiro arrebentado de lá. Um problema que normalmente teria sido suficiente para estragar o resto da noite, mas o estado de graça em que nos encontrava-mos era tamanho que no início da música seguinte eu e meus amigos já havíamos esquecido e que por pouco também esqueço de mencionar aqui.
Não demorou muito veio a minha letra preferida, a balada que mais gosto em todo o rock'n'roll, Simple Man.
Não faltou Gimme Three Steps e para o bis, a inevitável Sweet Home Alabama e a obrigatória Free Bird. Senti falta de muitas outras, mas Preacher Man não podia ter ficado de fora, bem, fica pra próxima.
Não pretendia citar nomes, pois é desnecessário dizer que cada um deu um show e é absolutamente indispensável dentro da banda. Músicos fantásticos, energia de altíssimo astral e musicalmente demais. Mas, sem dúvida Johnny Van Zant é um destaque com sua voz e...
Que show!!!
Ricardo Koetz
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