Rock nos EUA‎ > ‎

NEARfest 2º dia

Mais um dia lindo e ensolarado, mas não era hora de curtir as belezas naturais do lugar, tínhamos que tomar café e ir para o teatro, pois o primeiro show começaria pontualmente às 11hs.
 
 
No hall de entrada tinha esse cavalo - ou seria um burrico - todo decorado com tampinhas de garrafas de cerveja.
 
 
 
Helmet of Gnats
 
 
Uma das principais tendências do som do Helmet of Gnats é o fusion. Respeito demais o Jeff Beck, admito o valor desse estilo, mas para mim o fusion sempre soou uma coisa meio morna, incapaz de despertar em mim grandes emoções. Não quero dizer com isso que o defeito esteja em quem toca, muitas vezes está em quem ouve, ok?
 
 
 
Essa banda americana me lembrou The Dixie Dregs, que eles assumem como sendo uma de suas fontes de inspiração.
 
Twelfth Night (13:30)
 
 
Banda inglesa Neo-progressiva, criada em 78 traz um pouco de teatro para o palco, chegando a lembrar a Peter Gabriel quando no Gênesis.
 
 
Letras politizadas mas a proposta sonora não sintonizou comigo, estava começando a desconfiar que meu ouvido não estava bem apurado nesse dia.
 
 
 
Änglagård
 
Meu ouvido "desencruou" e tudo mudou quando eles entraram no palco. Já havia ouvido falar dessa banda sueca há uns 15 anos atrás, mas pouco conhecia deles.
 
 
Mattias Olsson nas baquetas é o bicho, na frente está Anna Holmgren na flauta, sax e mellotron.
 
 
Trata-se de um som inquieto que flutua com facilidade entre o contemplativo e o agressivo. Às vezes, sinfônica e outras mais próximas às raízes escandinavas, utilizando uma enorme variedade de instrumentos, o que, naturalmente, contribui para uma grande variedade sonora.
 
Johan Brand, um baixo forte que se faz ouvir o tempo todo.
 
Curiosidade: quando participaram do NEARfest de 2003, em Trenton, New Jersey, venderam rapidamente os 600 CDs que haviam trazindo, com Rich Williams do Kansas, esperando pacientemente na longa fila de autógrafos, com CDs na mão.
 
 
Na guitarra está Jonas Engdegård. Completam o time Thomas Johnsson e David Lundberg, ambos nos teclados e mellotron
 
Com seus principais integrantes tendo participações em trabalhos paralelos, Änglagård é uma banda que nem sempre está na ativa, por isso, foi com surpresa e alegria que a organização do festival recebeu um contato do Mattias, baterista, oferecendo a banda para a participação no que seria o último festival.
 
 
Com o intervalo de 2 horas para o último show do dia, Renaissance, decidimos sair para comer, mas algo roubou carga da bateria do carro que não tinha energia nem para liberar as travas das portas. Olhei por cima da mureta do estacionamento e tive esta visão, uma cidade pequena e praticamente deserta. Sabia onde tinha um posto de gasolina, mas não são de muita ajuda, abasteci várias vezes sem uma alma viva nos postos, você insere o cartão de crédito, diz quanto quer de combustível, a máquina libera a gasolina, faz a cobrança e você vai embora, sem ver ninguém. Saí caminhando pelas ruas em busca de algum milagre e ele apareceu, logo no segundo quarteirão tinha um rapaz ajudando numa mudança, expliquei o problema e ele prontamente se propôs a nos ajudar. Fui até o carro dele, uma BMW, ele me levou até o estacionamento, usou das moedas dele para liberar a cancela, fez a chupeta para o carro pegar e não aceitou nenhum centavo. Era de Porto Rico e disse que hoje ele havia ajudado a alguém e que talvez ele precisasse de ajuda amanhã... Mais uma agradável surpresa.
 
Ricardo
 
Comments