Gösta Berlings Saga
Banda sueca que tem um pezinho em King Crimson e Van Der Graaf, faz um som instrumental, dinâmico e meio hipnótico.
Com uma curiosa mistura de instrumentos orquestrais e elétricos do rock, fazem um som inovador.
E olha só quem apareceu para dar uma força aos amigos de longa data, Mattias Olsson do Änglagård, que também produziu o terceiro disco deles.
Desculpem pela péssima foto, mas não tem como não colocar...
No final, uma atitude bonita de Mattias, os integrantes da banda insistiram que ele viesse ao palco para receber os aplausos junto, mas ele relutantemente apenas subiu ao palco e ficou na lateral dele, fora dos holofotes, aplaudindo a banda junto com o público, como se fosse apenas mais um espectador.
IL TEMPIO DELLE CLESSIDRE
Anunciado no NEARfest como uma banda de "virtuosismo composicional melódico, teclado de trabalho esplêndido, vocal emotivo e profundamente apaixonado, trabalho de guitarra fluido, e uma seção rítmica afiada, eles são uma das luzes mais brilhantes do novo rock sinfônico internacional."
O projeto se originou em Gênova na Itália, em 2006, com a reunião entre a compositora e tecladista clássica Elisa Montaldo, o baixista Gabriele Guidi Colombi (que não estava nessa formação) e o já consagrado vocalista Stefano "Lupo" Galifi, que foi vocalista de um ícone da musica progressiva italiana, Museo Rosenbach.
O baixista Fabio Gremo e o guitarrista Giulio Canepa trouxeram mais técnica à banda. De 2007 a 2010 Elisa e Fabio assumiram um longo período de composições que culminou no álbum de estréia de 2010. Paolo Tixi é quem completa o time no comando das baquetas.
Alguém ainda duvida que o mundo é pequeno? Bem, terminado o festival em Bethlehem, voltei a Nova York, e no dia 26, dois dias depois, em frente ao Rockfeller Center, onde milhares de pessoas passam todos os dias, encontro por lá o Fabio e o Lupo.
Elisa e banda autografando meu CD
Mike Keneally Band
O currículo do cara é um absurdo, como tecladista e guitarrista participou de discos do Frank Zappa, excursionou com ele, faz parte da banda de Joe Satriani, no último G3 foi da banda de Steve Vai, trabalhou com Robert Fripp, entre muitos outros... Então lhe pergunto: por que o show dele é tão chato???
Uma das coisas que fez bastante foi tocar com uma mão o teclado e com outra o braço da guitarra.
Dos mil lugares no teatro, pelo menos 300 estavam vagos antes do show completar uma hora, a debandagem foi geral, contudo, quem aguentou até o final foi recompensado. A última meia hora de show parecia estar sendo feita por outra pessoa, arrebentou e mostrou porque Zappa o chamou de "the best new guy I ever had in the band". Pena que demorou demais.
Uma coisa normal nos três dias, dentro do estacionamento do prédio, o pessoal pára o carro recuado uns 2 metros, coloca um tapete no chão, arma a churrasqueira, cadeiras, isopor com cerveja, etc, e muito rock progressivo nos falantes, é claro! Os que estavam em turma, reservavam esquinas inteiras e montavam um acampamento completo por lá. Aparentemente é normal, pois ninguém veio falar nada.
U.K.
Tenho uma enorme admiração por John Wetton e já havia visto e fotografado à exaustão quando esteve no Brasil algumas vezes com o Azia. O tecladista e violinista Eddie Jobson também tem um currículo enorme e possui qualidades incontestáveis. O trabalho deles juntos formando o U.K. também é muito bom, no entanto, estava distante do que eu queria realmente ver - Eloy, que deveria ser o headliner da noite. A decepção era geral, no entanto, ver o U.K. também era uma oportunidade raríssima e iríamos tentar tirar o maior proveito possível da situação.
Infelizmente, na minha opinião, o U.K. não entendeu o espírito do NEARfest. Enquanto aguardávamos a passagem de som no hall de entrada, foi exaustivamente divulgado pelos autofalantes que nenhuma câmara fotográfica seria tolerada e que a proibição total de imagens constava em contrato. Oras, o que eles ganham com isso? São importantes demais para aparecerem em um evento "pequeno"? Já os vi tocando para menos gente no Brasil... Portanto, as poucas fotos que coloco aqui foram ilegais e muito difíceis de serem tiradas.
Não bastasse isso, o show que deveria ter começado às 21hs, teve a sala liberada para nosso acesso apenas às 22, faltando pouco para às 22:30, o pessoal impaciente começou a bater palmas e a vaiar...
Finalmente, 22:30, entraram no palco com cara de poucos amigos, mas fizeram um show profissional e impecável. John continua com uma das vozes mais macias do rock e Eddie toca seu violino transparente com virtuosismo.
Completaram o U.K. Gary Husband na bateria e Alex Machacek na guitarra. Guitarra? Sim, estranhei, no U.K. eram um trio com Terry Bozzio na bateria e não tinha guitarra.
Começaram com Alaska e tocaram as mais legais do U.K. Do King Crimson tocaram Starless e bela Book of Saturday, só com Wetton e Jobson no palco. Fecharam com Rendezvous.
Annie Haslam e outras feras circulavam pelos corredores abrindo sorrisos para todos com que se encontravam, estavam em família, entende? Os superstars não foram nem para a sessão de autógrafos. Acho que não merecerem encerrar um festival dessa importância e em momento algum representaram o espírito dessa grande festa.
À esquerda Robert LaDuca que me ajudou a conseguir os ingressos e o criador do festival que se despediu de nós aos prantos.
Ricardo
|
Rock nos EUA >