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06/09/2008

São Paulo Moto Festival - Interlagos
 
De 5 a 7 de setembro de 2008 foi montada uma tremenda estrutura no autódromo de Interlagos que promoveu um grande encontro de motociclistas do Brasil inteiro (vi uma BMW GS1200R com placa da Bolívia). Chegavam caravanas com mais de uma centena de motos. Pelo preço dos ingresso que era inicialmente de R$ 160,00, dá para concluir a qualidade das motos que lá apareciam - não vi nenhuma 125cc... Quando perceberam que o ingresso estava alto demais, reduziram para R$ 80,00, mas daí já era tarde. Ainda tinha o setor VIP por mais de 500,00.
 
Tinha lojas instaladas da BMW, Harley Davidson, Honda, etc. com praças de alimentação, lojinhas... além de dois palcos para apresentação de bandas.
 
Na sexta tocaram entre outros, Alan Parsons Project (para menos de 50 pessoas!!!). No sábado tocaram Paul Dianno, eterno ex-Iron Maiden com uma banda toda de brasileiros, Paralamas do Sucesso, mas estive mesmo presente para ver Roger Hudgson ex-vocalista do Supertramp. Poucas pessoas compareceram, menos de 1000, mas fez um show maravilhoso, com clássicos do Supertramp e de sua carreira solo. Exibiu um enorme esforço para falar português e se comunicar conosco, aliás, esta foi a parte hilariante, pois anotou várias frases em folhas de papel que deveriam ficar sobre o teclado, mas como havia vento, as folhas saiam voando e ele apavorado correndo atrás delas pelo palco exclamando Oh! My brasilian words, my brasilian words. Quando finalmente queria falar alguma coisa, ficava perdido com um monte de folha de papel totalmente embaralhadas na mão.
 
 
Voltei no domingo para ver o Alan Parsons que tocaria novamente, mas depois da Blitz (é, aquela banda mesmo com o Evandro Mesquita) começar a tocar no bis novamente as músicas que já haviam tocado a minutos atrás, comigo quase tendo um ataque, comecei a desconfiar que algo estava errado. Acredito que para poupar constrangimentos para a banda, ela foi dispensada de tocar naquela noite, com a desculpa de que Alan não estava bem. Éramos menos de 10 espectadores revoltados exigindo maiores explicações, que naturalmente não vieram. Erros que podem justificar o pouco público: preço alto; divulgação feita essencialmente em revistas de motociclismo; esqueceram que para os motociclistas o "ir" e o "vir" é mais importante que o "estar"; bandas de encerramento excelentes, mas longe do gosto dos easy riders. Quem sabe, se houver uma próxima vez, não venha ZZ Top e Steppenwolf.
 
Ricardo
 
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