Cricket Taylor

Um avião do blues
 
Cricket Taylor e Big Gilson - SESC Belenzinho 08/04/11
 
Big Gilson, um dos cariocas fundadores do Big Alambik, fez o show com um blues-rock texano estilo Steve Ray Vaughan, tocou três sons legais e chamou Cricket Taylor para o palco. Ufa! Depois de passar meses olhando para negrões e marmanjos tocando blues e assoprando gaitas, Cricket foi um colírio...
 
 
Com sorriso constante, cheia de sensualidade, insinuante, fazendo caras e bocas, voz de cama, quero dizer, rouca, e um belo par de coxas, hipnotizou a platéia por quase uma hora e meia. Duas vezes deixou a guitarra de lado só para dançar para a gente. Que BELEZA!
 
 
Já estava prevendo a enorme dificuldade que teria para separar apenas algumas fotos aqui para vocês, curiosamente, a minha máquina e de alguns presentes, apresentou um estranho defeito, ela tinha algum tipo de magnetismo que fez com que várias saíssem apenas dos ombros para baixo. :-)
 
 
No meio do show, Big Gilson desceu do palco e andou entre as mesas, se abaixou diante de uma garota e solou, nesse momento me lembrei de Marcelo Watanabe que usou o cano da minha prótese como slide. Quando passou por minha mesa perguntei quer fazer um slide aqui? Topou na hora.
 
 
Ao fundo está Gil Eduardo, filho mais velho de Erasmo Carlos.
 
 
Completam o time o excelente baixista Cesar Lago.
 
Cricket fez apenas um solinho de uns 20 segundos no bis, mas compensa a falta de virtuosismo no instrumento com sua enorme simpatia.
 
Faltando uma música para acabar o show antes do bis, uma corda da guitarra arrebentou. Foi hora de ela deixar o instrumento de lado e voltar a dançar um pouco mais para gente, aliás, se eu fosse o empresário dela diria para esquecer a guitarra de uma vez :-). No bis, Big Gilson deu sua guitarra para ela, mudou a afinação da que ela estava usando e tocou com as cordas que restaram.
 
 
Entre seu repertório estavam Shake your money maker, de Elmore James (1954), imortalizada por James Brown e I just want to make love to you, de Willie Dixon (1954).
 
 
Depois do show fui conversar com os músicos.
 
 
 
Me aproximei, ela fixou seus olhos de verde intenso em minha camiseta "oh, Lynyrd Skynyrd!" - Yes, I love them. E aproveitei para perguntar como foi a história de ela ter tocado com Steve Ray Vaughan, B.B. King e outros monstros sagrados do blues. Me explicou que ela era muito jovem (18), estava tocando num grande festival e que no final chamaram todos para o palco para fechar com uma jam, disse que Steve estava muito nervoso, tocou uns 20 minutos do lado dela e que, na verdade ela não teve a oportunidade de nem mesmo conversar com a lenda.
 
 
Disse-lhe que estava querendo fazer uma coisa arriscada para mim, um homem casado, tirar uma foto com uma garota bonita, mas que eu iria correr o risco, pois era meu aniversário. Ela riu de meu galanteio barato e fez pose. Um ótimo jeito para começar os 49, não acham?
 
 
 
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