20/07/2013 SESC Belenzinho  O show começou com a banda de Cotton aquecendo o
público. A primeira música ficou por conta do guitarrista texano Tom Holland,
com uma voz incrivelmente parecida com a de Steve Ray Vaughan e a pegada da
guitarra idêntica. Depois foi a vez do baixista Noel Neal que solou o baixo como
poucas vezes vi. O baterrista Jerry Porter também é ótimo.  Quando a terceira música estava acabando, observei
James Cotton subindo a pequena escada que dava acesso ao palco, com enorme
dificuldade, parecia que não teria fôlego para tocar sua gaita. Ledo
engano.  Conhecer alguém que tocou com Howlin' Wolf e Muddy
Waters é uma raridade, vê-lo tocar então é praticamente um milagre e eu fui ver
esse milagre acontecer. James Cotton, com 78 anos, nasceu em 1935 no Mississipi
e tocou no início dos anos 50 com Howlin' Wolf por dois anos e depois por doze
com Muddy Waters. Já nos anos 60 foi liderar sua própria banda, com a qual
chegou a abrir shows de Janis Joplin, Led Zeppelin e The Gratful Dead.  Desde os anos 90, Darrell Nulisch passou a integrar
a banda para assumir os vocais, depois que James teve um câncer na garganta.
Discípulo de Sonny Boy Williamson, é considerado um dois maiores gaitistas vivos
e veio divulgar seu novo trabalho, lançado este ano, Cotton Mouth
Man. Ainda não ouvi, mas a critica foi muito boa.  Com a voz rouca ao ponto de se tornar quase
inaudível, Cotton esforçava-se a fazer comentários entre as músicas e fez um
dueto quando tocaram Hoochie Coochie Man. O bis veio com Got My Mojo
Working. Longa vida a essa lenda do blues. Ricardo |
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