13/12/2014 - SESC Osasco  O guitarrista paulistano Giba Byblos e sua banda
subiram no palco e tocaram uma música instrumental, muito empolgante, com várias
mudanças de ritmos e riffs interessantes. Depois tocaram mais umas três para fazer o esquenta, até que chegou a hora de Jimmy entrar em
cena.
 Quando vamos assistir lendas do blues, estas
celebridades, além da idade avançada, geralmente estão castigadas também pelos
excessos da vida boêmia, espera-se então um doce velhinho que se move com
dificuldade e que, às vezes, vem amparado por outra pessoa ou com uma bengala e
que passe boa parte do show sentado. Uma certa demora para ele ser chamado ao
palco, me fez aumentar essa suspeita.  No entanto, quem surge é um senhor bem disposto, de
passos firmes, tocando sua guitarra com palhetadas certeiras e fazendo solos com
belos fraseados. Tínhamos no palco um jovem, natural do Mississipi, com 86 anos
de idade.  Nascido em 25 de novembro de 1928, numa família de
músicos, pode-se dizer que sua carreira começou em 1950, quando sua família se
mudou para Chicago e ele começou a tocar guitarra. Tocou ao lado de lendas como
Fred King, Albert King, Magic Sam e Otis Rush, contudo, seu primeiro álbum veio
apenas em 1978, quando tinha 50 anos. Nesse ano veio também uma indicação ao
Grammy, o que ajudou a consolidar sua carreira.  Em 1980 é premiado com o Blues Music Awards, com o
álbum Johnson's Whacks.  Muito simpático, declarou se sentir honrado e que,
apesar de não fazer parte da nossa cultura, há muitos fãs de blues por
aqui.
À esquerda, nosso amigo e músico
Djalma.  Conversando com Giba, ele me disse que a música que
eu gostei estará abrindo o próximo álbum que está sendo lançado. Completaram a
banda o baixista Fábio Basili, Paulinho Sorriso na bateria e Dado Tristão nos
teclados. Ricardo
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