12/03/2011 - HSBC Brasil
O que dizer de uma diva soprano finlandesa que canta como um anjo, tem a mais linda voz que já ouvi, beleza exuberante, carismática, simpaticíssima? E, ainda por cima, corpo escultural, gatíssima e linda de morrer! Bem, na verdade ela tem um defeito grave, é casada, agravado muito pelo fato de ser com um argentino!!!
Bom, mas voltando com os pés na terra, não da para falar em Tarja sem lembrar do Nightwish, de Tuomas Holopainen que é o cérebro, o corpo e a alma da banda. Pode-se dizer que Tarja apenas emprestava sua voz à banda. Minha deusa esta longe de possuir a genialidade de seu ex-chefe, mas conseguiu uma carreira solo de sucesso, com dois trabalhos que, se comparados a qualquer um dos discos do Nightwish, podem ser considerados fracos, apesar disso, diante da magnitude de sua voz e carisma, quem se importa?
O show começa com mistério e a primeira música é tocada atrás desse imenso véu, como em 2008.
Mas eis que a divindade se faz presente a nossa frente, sem interferências.
O repertório foi basicamente dos dois discos solo, tocando do Nightwish apenas Elvenpath e Wishmaster (última do bis). Tarja se queixou da pressão que a gravadora fez em seu primeiro disco, de incluir um cover. Da primeira vez colocou Poison do Alice Cooper, ok, apesar de sua versão ter ficado aquém da versão original. Dessa vez, a primeira música do bis foi uma versão totalmente dispensável do pop-rock alegrinho de Bon Jovi com Livin' on a prayer. O que virá no próximo disco, Billie Jean do Michael Jackson? É claro que estou exagerando - espero -, mas abre um precedente perigoso ao "popismo".
Hmmmm!!!
Não abriu mão de sua formação clássica.
Sempre que a massa reagia positivamente a alguma coisa, o pessoal dos bastidores vibrava e ela radiante explodia de alegria. Tentando falar sempre em português, por várias vezes esteve visivelmente emocionada com a receptividade do público. Constantemente ovacionada, sorrisos, agrados, mimos, bichinhos de pelúcia, almofada em forma de coração da bandeira do Brasil e reverências por ambos os lados foram uma constante. Ela praticamente sorria por todos os poros o tempo todo.
Entre os integrantes podemos destacar Max Lilja, que na primeira vez em que esteve por aqui tocava seu violoncelo de forma tímida e assustada, dessa vez agitou já estava absorvido pela força do rock. Armado com trocentos pedais, tocava levantando os braços, agitava a cabeça como um autêntico headbanger. Não me surpreenderia se da próxima vez aparecer com cabelos compridos :-).
Mike Terrana, que já tocou com Malmsteen é, como dizem, animal. A sua performance é espantosa, seu solo de bateria é quase um número circense, por sinal, poderia trocar as baquetas por malabares em qualquer circo e fazer sucesso.
Doug Wimbish do Living Colour, deu até uma de Hendrix tocando seu baixo (!) com os dentes. Não trocou tantas vezes de figurino como na última vez, mas causava um alvoroço cada vez que voltava para o palco, com milhares de pessoas gritando insandecidas, era simplesmente ensurdecedor.
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Tarja >