2- Terreno, Cézar, Lee Rec...

12/03/2017 - 2º dia

Eu que quase não fui, saí tão entusiasmado do primeiro dia que comprei logo o ingresso do dia seguinte. 
 
Stratus Luna
 
A primeira banda da segunda noite surpreendeu pela pouco idade dos integrantes, ousadia nas músicas escolhidas de bandas consagradas e pela competência e qualidade das músicas de autoria própria.


Começaram com Kashmire do Led Zeppelin, onde o guitarrista fazia "a voz" de Plant com a guitarra. A segunda música foi nada menos que Lunar Sea do Camel. Na sequência vieram duas músicas próprias, as excelentes Centro do Labirinto e Onírica. Fecharam com 20th Century Esquizoid Man do King Crimson e outra própria Zarabatana.
 
Lee Recorda
 

Lee Oliveira foi tecladista da banda Recordando o Vale das Maças e neste show ele tocou várias músicas da banda.


Me agradou em especial As Crianças da Nova Floresta.

Elias Mizrahi
 
Tecladista da banda Veludo, estava completamente transtornado porque não conseguiu embarcar no Rio com o teclado dele e estava usando um com o qual não tinha a mínima intimidade. Sem banda de acompanhamento, tentou tocar músicas que me lembravam o som de fundo de órgãos de igreja, através das quais cantava expressando uma dramaticidade extrema.

 
Entre as músicas tentava entender o teclado, murmurando coisas sem sentido e se desculpando, indo do êxtase ao desespero em segundos. Fez uma versão de With a Little Help Form My Friends, que para mim soou como um assassinato da versão original, mas provavelmente o problema estava em mim que não conseguiu compreender a sua proposta musical.
 
Cosmo Drah
 

Começou com um som funkeado e pesado com uma pegada rock. Em algumas passagens lembrou-me o Grand Funk Railroad, tocaram apenas algumas músicas, pois na verdade eram a banda de apoio do Cézar de Mercês.
 
Cézar de Mercês e Os Filhos Do Tempo
 
Em 1978 O Terço lança o trabalho Mudança de Tempo, um excelente álbum que, por uma série de razões, acabou ficando meu esquecido e que Cézar toca nesse show.
 

Muito rico musicalmente, logo no começo o show tem uma pegada meio suingada lembrando Tim Maia, mas acaba passando pelo Blues, Rock, Jazz e que revela mesmo um álbum de MPB sofisticado.


Como não podia deixar de ser, termina com Hey Amigo.
 
Terreno Baldio
 

Para fechar o festival, uma respeitada banda dos anos 70, com uma sonoridade que lembra em muitas passagens o Gentle Giant.


O carismático João Carlos Kurk.


É preciso parabenizar Roberto Oka pela inciativa e os todos que acreditaram nesse projeto. Grande parte dos músicos tocou sem cachê, com a esperança de estar sendo plantada uma semente que irá germinar para reviver a música sofisticada do rock progressivo e colher merecidos frutos mais adiante.
 

Que venha o próximo!
 

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