Transatlantic

13/02/2014 - Carioca Club
 
Depois de um longo jejum de shows, era grande a expectativa de assistir a essa superbanda de progressivo fundada em 1999, com músicos prodigiosos que fazem ou fizeram parte do Marillion, Spock's Beard, The Flower Kings e Dream Theater. No caminho, uma chuva digna do nome da banda que eu estava indo assistir, só o que eu não imaginava é que um bando de fdp's, diante da chuva intensa de granizo, iria simplesmente estacionar por uns dez minutos em baixo do viaduto antes do jóquei clube, no meio da Marginal Pinheiros, para proteger seus carrinhos sem se importar se quem vinha atrás tinha compromisso ou quanto ao tamanho do congestionamento que causariam.



Para introdução do show rolou nas caixas uma música do tipo trilha sonora do Senhor dos Anéis quando o filme acaba e fica passando os créditos. Me lembrou DEMAIS o show do Steven Wilson, só faltou a lua. A chatice durou infinitos 22 minutos.
 


Quando finalmente a banda subiu no palco, exibiu a disposição dos instrumentos característica deles, que eu adoro, a bateria num canto do palco e os teclados no outro, com todo o resto entre eles. Nada de deixar a bateria socada no fundo do palco, propiciando muita conversa entre teclado e bateria, com o olho-no-olho desses dois músicos, além de nos permitir vê-los tocar mais de perto e bem mais claramente.
 

Depois da segunda música Neal Morse olha com certo espanto para o público que ovacionava a banda, Mike pegou o microfone e disse para nós algo do tipo "é a primeira vez dele no Brasil" virou para Neil "eu não te disse?", referindo-se a nossa calorosa recepção.



Acima o guitarrista Roine Stolt - integrante também da banda The Flower Kings, Ted Leonard - convidado especial do Spock's Beard e Pete Trewavas - baixista do Marillion.
 



Depois de algumas músicas que exigiram muito dele, exausto, Mike deitou no chão.
 


Uma espécie de dream team do progressivo, Transatlantic é uma banda de virtuosos, Mike Portnoy, ex-lider do Dream Theater sobra na bateria e é um show à parte, muitos estavam lá por causa dele. Observe o prato à direita da bandeira do Brasil, ele vai desaparecer...




















Considerado gênio, o multi-instrumentista Neal Morse, ex-Spock's Beard tem também uma carreira solo de sucesso. Cristão fervoroso, teve seu momento de "Aleluia irmão!. Oh, glória."


Quase no final do show, Mike derrubou propositadamente o tripé com o prato que ficava bem na frente dele e que o dificultava ver o público. O esforçado roadie que não havia entendido nada, correu para colocá-lo no lugar e Mike arrancou o prato, atirando-o para trás. Menos de um minuto o roadie voltou com um prato novinho para colocar no lugar do outro e foi impedido por Mike. À direita da bandeira o tripé só com o pino e Portnoy feliz da vida livre do incômodo prato.
 

Já nos agradecimentos finais, Mike torcia a camisa de onde derramava suor, parecia que tinha saído de uma piscina, fez isso várias vezes durante o show.


Gostei do show, mas achei o som meio embolado, os teclados e guitarra estavam baixos. Para um show de progressivo de uma banda que é considerada top hoje em dia, eu esperava um cuidado maior, para ser franco, uma qualidade impecável. O Pink Floyd Cover SP quando vai tocar na casa de meu irmão tem uma qualidade cristalina, muito superior ao que ouvi no Carioca Club, uma pena.

Ricardo




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