Ao saber que tinha acabado, mesmo no bagaço, acho que me senti como aquele pessoal que fica andando atrás dos trios elétricos em salvador, na quarta-feira de cinzas e que não querem que o carnaval termine. Amigos me chamaram para o palco jazz, na República onde Larry Graham ia tocar por mais uma meia hora. Não resisti e tentei me arrastar até lá, mas ao chegar ao palco do Arouche, no meio do caminho, me deparei com Jesse Robinson tocando um blues "negrão" muito legal. A caminhada até o outro palco ainda era longa, me acomodei por lá e depois bati em retirada. Nunca senti tanto cheiro de maconha na vida, que era consumida livremente. Em relação aos anos anteriores, o que melhorou muito foi a limpeza. A cada 3 shows, aproximadamente, aparecia a turma do vassourão e recolhia todo o lixo. Evitei visitar os banheiros químicos, simplesmente porque custava R$ 2,00 para usar o do boteco que estava do lado, para mim era bem mais simples, não que a higiene fosse melhor, longe disso. Infelizmente devia ter mais ou menos 1% que passou dos limites ou que não tinha a menor noção de como se comportar em ambiente coletivo. É incrível o que esse 1% consegue incomodar o resto dos 99, mas quem vai para um lugar assim, tem que estar preparado. Voltei para casa para dormir o sono dos justos e sonhar com a próxima Virada. Ricardo
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Virada Cultural 2012 >