6) La Renga

La Renga
 

Foram 5 horas de um sono revigorante e quando cheguei ao mesmo palco, todos nos surpreendemos pela limpeza da São João e adjacências. Aliás, gosto muito mais do "segundo" dia. Os frequentadores problemáticos geralmente sucumbem na madrugada e não tem condições de atazanar ninguém no day after, permitindo que as pessoas consigam aproveitar melhor o espetáculo. Ninguém diria que passaram por ali milhões de pessoas, o Suissaidal Tendences e os Titãs, que faço questão de não ver, pois tenho motivos particulares de sobra.
 
 
Chegamos propositalmente na hora da apresentação de uma banda argentina, La Renga, que costuma lotar estádios no sul de nosso continente. Não é pra menos, um hard rock classudo, cheio de energia e riffs legais, onde a trindade sagrada do rock, guitarra, baixo e bateria, se fizeram presentes. Só de vez em quanto o trio se tornava um quarteto, com um sax que aparecia em algumas músicas. Difícil destacar alguém, um baixista que não parava um minuto e um guitarrista e vocalista que tocava muito. Muito bons, espero ver novamente qualquer dia.
 
 
Chamava a atenção duas faixas enormes que faziam referência à banda, uma com as cores azul e branco, além de bandeiras agitadas freneticamente. Em uns 200 metros quadrados que se iniciavam perto do palco se aglomerava uma legião de fãs argentinos com uma animação que raramente vi. Nos momentos mais acalorados das músicas, espirravam muito cerveja uns nos outros, às vezes com lata e tudo. Felizmente, sabem se divertir e a zorra ficou só entre eles, sem envolver quem não quisesse. Além disso, eram criativos e inventaram um efeito especial para o final, com papel picado em cima de uma faixa. Foi, para mim, a grande surpresa da Virada. 
 
Ricardo
 
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