James Chance & Les Contortions 19/05/2013 14hs. Virada
Cultural 2013 Me dirigi à Virada neste domingo mais cedo, antes
dos meus amigos que não quiseram fazer um "sacrifício" extra para ver algo do
qual não se sabia exatamente o que esperar - não me arrependi. Aliás, a Virada no domingo é um sossego, todo aquele bando de arruaceiros tomba
durante a madrugada, o que permite assistir aos shows numa boa. O som era meio funkeado e ele fazia uns passos de
dança meio estranhos, pode-se dizer que era uma espécie de James Brown branco,
apesar de ter uma pegada meio punk no meio de tudo isso. James Chance, estadunidense, nascido 20 de abril de
1953, aos 60 anos ainda é um cara inquieto: em uma única música, ele toca um
pouco de teclado, dança um pouco, canta, toca um pouco de sax, dança, canta de
novo e assim foi praticamente o show inteiro. Nada ele fazia por mais do que um
minuto ou dois. Essa senhora merece um destaque especial, durante
todo o show faz uma dança meio estranha, uma espécie de slow motion
daquelas danças psicodélicas do final dos anos 60. Na foto acima ela ameaça um
striptease depois que James a abraçou e beijou seu
pescoço calientemente simulando um rala-e-rola. Fiquei sabendo que se
tratava da esposa dele. Logo depois, ela some por alguns minutos do palco e
retorna toda arrumada, mas não menos doida :-), com novo figurino. Até então eu
pensei que teria sido a surpresa dessa virada, pois achei tudo muito engraçado,
além de um som instigante. Para completar, no início, James estava todo
alinhado, com um topete cuidadosamente arrumado, mas no decorrer do show, ele
foi desmontando aos poucos. No momento acima, quase houve um acidente. A sua
senhora puxava-o pelo braço para o outro lado do palco e quando ele quase
chegava onde ela queria, ele se soltava e voltava correndo e tocando o sax. Na
segunda vez em que fez isso, acabou tropeçando. Se não fosse pela proximidade
com as caixas acústicas nas quais ele se apoiou, teria sofrido um tombo e
tanto. Durante a música do strip, o guitarrista
extraia sons curiosos com o slide utilizado simultaneamente com uma
chave de fenda que vibrava, conforme ele dava pancadinhas no corpo da
guitarra.
Parabéns para quem teve coragem de
trazê-los.
Ricardo |
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