Virada Cultural 2014

17 e 18/05/2013
 
Não sei se dei sorte, mas tive a impressão de se tratar da Virada mais tranquila que presenciei até hoje, além da polícia civil, encontrei vários soldados da PM. Tive a impressão de ter bem menos gente e o número de palcos também ser menor.
 
Mais especificamente, para meu gosto musical, o número de atrações foi menor este ano, mas investiram em dois nomes menos obscuros que nos anos anteriores,  Uriah Heep e Mark Farner (Grand Funk Railroad).
 
No banner do palco constavam erros como Uriah Heep sendo dos EUA quando, na verdade, são da Inglaterra e Mark Farner transformado em "fazendeiro" (Famer), não é o fim do mundo, considerando a quantidade de atrações e a correria em que deve ter sido preparado...
 
Stanley Jordan e Dudu Lima Trio



Desci do metrô ao lado do palco da República onde começou pontualmente às 20 horas o show do Stanley Jordan e Dudu Lima Trio. Tinha curiosidade em ver Stanley tocar, pois ele domina uma técnica em que consegue, com uma mão fazer a base e com a outra o solo, o que faz parecer que duas guitarras estejam tocando ao mesmo tempo, mas me surpreendi mesmo com o Dudu, conceituado baixista da música instrumental brasileira, os trabalhos dele tem participação de Milton Nascimento, Toninho Horta, Hermeto e vários outros. Por outro lado, o som meio fusion deles não me atraiu muito e logo me desloquei para o palco da São João.
 
A primeira atração do Palco Rock foi um som bem cru e interessante de Jackson Firebird que se resume a apenas guitarra com vocal e bateria, infelizmente não consegui assistir.
 
Helcio Aguirra - Homenagem
 
Depois foi feito um show em homenagem ao Helcio Aguirra, guitarrista do Golpe de Estado e da banda de rock progressivo Mobilis Stabilis, que eu gostava mais. Pouco antes da morte dele eu o havia encontrado num show do SESC e ele me disse que estava com um CD novo do Mobilis no forno. Pena, tomara que seja finalizado. Foram vários os convidados, principalmente guitarristas, entre eles André Christovam tocando Moondog.


Foto de Eduardo Guimarães

Da esquerda para direita: João Luiz Braghetta (guitarrista do Mobilis Stabilis), Fausto Celestino (ex-guitarrista do Centurias), Jane Lopes (esposa do Helcio), Tadeu Dias (novo guitarrista do Golpe), Nelson Brito (baixista), Dino Linardi (vocalista), André Christovam (guitarrista), Roby Pontes (bateria), Xando Zupo (guitarrista da banda Pedra). Estão fora da foto o baixista Soneca, o guitarrista e vocalista Xande, ambos do Baranga e o vocalista Rogério Fernandes.
 
Tomo aqui uma foto emprestada, não consegui pegar o show do início, assisti uma parte do show do Stanley Jordan e Dudu Lima Trio, por isso, fiquei bem no fundão, ao lado do telão, e não tive como fazer nenhuma foto decente. O show me pareceu um pouco confuso, o intervalo entre as músicas era longo, o que deixava o pique cair um pouco, além disso teve alguns discursos meio sem sentido. No final o vocalista Rogério Fernandes, que está à frente dos vocais do Carro Bomba - grande vocal, por sinal - aparentemente um pouco embriagado, reclamou num discurso acalorado sem noção, de que por causa dos gringos teriam que encurtar o show... Um ranço que não casou com o espírito da festa. Na minha opinião, foram eles que perderam o timing, consequentemente estouraram o tempo e estavam pagando o preço por isso.


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